A segunda-feira, 29 de dezembro, apresentou uma agenda econômica mais encurtada, comum no final do ano. O mercado acompanhou de perto a inflação e projeções, buscando interpretar sinais da política nacional e do cenário internacional. A expectativa era alta, com a análise de dados recentes.
O dia iniciou com a divulgação do resultado primário do Governo Central de novembro, um indicador crucial para avaliar a trajetória fiscal do país. Em seguida, às 8h, foram publicados o IGP-M e a Sondagem da Indústria, ambos divulgados pela FGV/Ibre.
Posteriormente, às 8h25, o Banco Central do Brasil lançou o Relatório Focus, com projeções atualizadas sobre inflação, juros, câmbio e crescimento econômico.
Petróleo e Negociações Internacionais
No mercado internacional, o petróleo operou em alta, refletindo a percepção de que as negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia para encerrar a guerra permaneciam sem acordo, influenciando os prêmios de risco no setor energético.
Decisões Políticas Internas no Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que reduziu isenções fiscais em 10% e ampliou a tributação sobre bets, fintechs e JCP, com início da aplicação em 2026. A estimativa de arrecadação para o próximo ano é de R$ 22,45 bilhões.
A tributação sobre bets aumentará de 12% para 15%, em um processo escalonado até 2028. A CSLL sobre fintechs passará de 9% para até 15% no mesmo período.
Lula vetou um dispositivo que facilitaria a reciclagem de recursos do orçamento secreto, após questionamentos do Supremo Tribunal Federal.
Situação de Saúde de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou novo episódio de soluços no sábado, conforme boletim médico do hospital DF Star. Apesar disso, o quadro é considerado estável, com um novo procedimento programado para a segunda-feira.
Bolsonaro enfrenta problemas de saúde recorrentes desde o atentado sofrido em 2018.
Cenário Econômico Global
Nos Estados Unidos, Donald Trump afirmou que as negociações para encerrar a guerra avançaram, embora sem prazos definidos. A China sinalizou a ampliação dos gastos fiscais em 2026, buscando fortalecer o crescimento econômico em meio à crise imobiliária e às tensões comerciais, o que contribui para o suporte às expectativas de commodities.
O IGP-M fechou 2025 em queda, com deflação acumulada de 1,05%, influenciada pela queda dos preços ao produtor. O IPA também apresentou queda no mês e no ano.
No varejo, o IPC subiu em dezembro, elevando a inflação ao consumidor a 4,08% em 2025. O INCC avançou, com aceleração em mão de obra.