Encontro entre Lula e Trump Coloca Tarifas Brasileiras no Centro das Negociações
O aguardado encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado em Kuala Lumpur durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), colocou as tarifas de 50% aplicadas aos produtos brasileiros diretamente na mesa de negociações.
O encontro, que durou cerca de 50 minutos, marcou um ponto de partida para a busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras.
Durante a reunião, Lula expressou o interesse do Brasil em manter uma relação “extraordinária” com os Estados Unidos, enfatizando que não há razões para desavenças entre os dois países. O presidente brasileiro pediu a suspensão imediata do tarifaço enquanto as negociações estiverem em curso, buscando um acordo que beneficiasse ambos os lados.
Trump, por sua vez, demonstrou abertura para avançar rapidamente nas discussões, embora tenha negado que as razões para aplicar o tarifaço fossem injustas.
Equipe de Negociadores e Interlocutores
A equipe de Lula contava com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, do embaixador Audo Faleiro e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa. Trump, por sua vez, foi acompanhado por Marco Rubio, Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante comercial dos EUA.
A expectativa é que essas equipes se reúnam para avançar na busca de soluções.
Temas Abordados e Próximos Passos
Além das tarifas, a questão das sanções contra autoridades brasileiras também foi abordada. Lula se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela, buscando soluções aceitáveis para a crise na América do Sul.
A expectativa é que as equipes se reúnam para avançar na busca de soluções.
Líderes Expressam Desejos de uma Boa Relação
Durante o encontro, Trump declarou admirar a trajetória política de Lula, tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato.
O chanceler brasileiro também confirmou a intenção de Trump vir ao Brasil.
O presidente norte-americano também comentou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que “sempre gostou dele” e que se entristeceu com a condenação por golpe de Estado.