A taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, representa o patamar mais elevado em quase duas décadas. Essa situação tem gerado pressão sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem solicitado medidas de ajuste por parte do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.
Apesar de não se preverem grandes mudanças no Comitê de Política Monetária (Copom), que se reunirá na próxima quarta-feira (5), o mercado espera que a taxa permaneça estável.
Análise do Economista
Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, avalia que, mesmo com as considerações políticas, Gabriel Galípolo deve manter uma postura firme. Sobral acredita que alterar o discurso neste momento não seria adequado para preservar a credibilidade conquistada com a elevação da taxa para 15% ao ano.
Impacto na Inflação
Sobral ressalta que uma mudança no tom poderia alimentar expectativas de juros mais baixos, o que dificultaria o controle da inflação, que persiste acima da meta de 3%. A inflação resistente representa um desafio significativo para o Banco Central.
Projeções e Alertas
O economista projeta que a Selic pode chegar entre 10,5% e 11% ao ano, marcando o fim de um ciclo de cortes a partir de 2026. Além disso, ele alerta que Gabriel Galípolo provavelmente não sinalizará o início da redução de juros e poderá alertar para um possível aumento da Selic caso o cenário econômico se agrave.
Touros e Ursos da Semana Econômica
Durante o programa, os apresentadores e o convidado selecionaram os “touros” (destaques positivos) e “ursos” (destaques negativos) da semana. O ouro, que havia sido considerado um “touro” em um episódio recente, sofreu uma queda de 10% em uma semana e foi classificado como “urso”.
Destaque Positivo: Apoio à Argentina
O destaque positivo foi o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, elogiado por apoiar a Argentina com um pacote de US$ 40 bilhões. Esse apoio, segundo a Fitch Ratings, evitou um rebaixamento da nota de crédito do país.
