Manaus, Amazonas, é a cidade com mais etnias indígenas do Brasil

IBGE divulga: Manaus lidera cidades com maior diversidade de povos indígenas no Brasil.

27/10/2025 18:04

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(Imagem de reprodução da internet).

Diversidade Étnica no Brasil: O Caso de São Paulo

O Censo de 2022 revelou um dado surpreendente: 391 etnias, povos e grupos indígenas habitam o território brasileiro. A cidade de São Paulo se destaca como a que concentra a maior variedade de povos originários, com um total de 194 etnias.

A cidade é seguida por Manaus (AM), com 186, Rio de Janeiro (RJ), com 176 e Salvador (BA), onde vivem 142 povos indígenas. Dentro de São Paulo, Campinas se sobressai como a cidade com mais etnias fora das capitais, registrando 96.

Em termos de estados, São Paulo lidera com 271 etnias, à frente de Amazonas (259) e Bahia (233).

A concentração de etnias em São Paulo se deve a diversos fatores, incluindo migrações de povos da América Latina e migrantes internos em busca de oportunidades de estudo e trabalho. Segundo dados do IBGE, o povo Aimara é o mais numeroso na cidade, com 1.935 indivíduos, seguido pelos Guarani Mbya (1.492).

Uma parcela significativa, 5.397 pessoas, não declarou a qual grupo étnico pertence, enquanto 2.706 não souberam identificar sua origem.

Jefferson Mariano, analista Socioeconômico do IBGE, ressalta que a migração é um fator crucial para a presença diversificada de etnias indígenas em São Paulo. A mistura de fluxos migratórios de diferentes países da América Latina e a busca por melhores condições de vida contribuem para essa realidade.

São Paulo possui cinco Territórios Indígenas (TIs) demarcados, quatro na zona sul da capital. As TIs de Tenondé-Porã, Krukutu, Rio Branco e Barragem somam 19.052 hectares, abrangendo áreas de outros quatro municípios e se estendendo até a Baixada Santista.

A maior TI da cidade, localizada aos pés do Pico do Jaraguá, abriga a etnia Guarani. Originalmente com apenas 1,7 hectare, a TI Jaraguá foi expandida para 532 hectares em 2015, mas a decisão foi posteriormente anulada devido a uma sobreposição com o Parque Estadual do Jaraguá.

A demarcação física dos 532 hectares foi concluída em maio deste ano, após um longo impasse, e os próximos passos incluem a homologação presidencial e o registro em cartório, além de um acordo de gestão compartilhada com o governo do estado e a Fundação Florestal.

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