Marco Polo: BTG Pactual reduz recomendação e revisa preço-alvo para ação

BTG Pactual reduz recomendação da Marco Polo (POMO4) devido a desaceleração no crescimento e riscos, revisando preço-alvo para R$ 10.

03/11/2025 10:04

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(Imagem de reprodução da internet).

Marco Polo (POMO4) Enfrenta Desafios com Corte na Recomendação

Após uma análise, o BTG Pactual reajustou sua recomendação para as ações da Marco Polo (POMO4), alterando de “compra” para “neutra” nesta segunda-feira (3). A decisão reflete uma expectativa de desaceleração no crescimento da empresa, com projeções indicando um platô entre 2025 e 2026, apesar de um desempenho sólido previsto para o próximo ano.

O relatório de análise, elaborado pelos analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Samuel Alkmin e Marcel Zambello, destaca que o terceiro trimestre apresentou margens fortes, impulsionadas pelo aumento do mix doméstico e pela contribuição dos ônibus elétricos.

No entanto, a orientação da administração da empresa sugere que esse trimestre representou o pico da rentabilidade para 2025.

Riscos e Desafios para a Marco Polo

Apesar de alguns fatores positivos, como o bom momento das exportações para a Argentina, a possibilidade de um dividendo extraordinário e novas licenças para micro-ônibus, os analistas identificam riscos que justificam o corte na recomendação. Um dos principais é a deterioração do mix de vendas prevista para 2026, o que pode levar a uma maior oferta de veículos de menor valor e com menor margem de lucro.

Além disso, o banco aponta a menor capacidade de precificação da empresa no segmento rodoviário, o que pode dificultar a repasse de custos e a manutenção de preços elevados, impactando a rentabilidade. A apreciação do real também representa um desafio, reduzindo a competitividade das exportações.

Projeções Ajustadas e Impacto nos Resultados

Segundo o BTG, a ação da Marco Polo está sendo negociada a 7 vezes o preço sobre lucro para 2026, um patamar que limita a expansão do múltiplo. As projeções foram revisadas para considerar uma demanda doméstica mais fraca, um câmbio mais forte e uma redução no volume das vendas do Caminho da Escola.

As estimativas indicam receitas de R$ 9,1 bilhões em 2025 e R$ 9,5 bilhões em 2026. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado deve variar entre R$ 1,6 e R$ 1,8 bilhão, enquanto o lucro líquido deve atingir R$ 1,3 bilhão em ambos os anos.

Revisão do Preço-Alvo

O preço-alvo para os papéis da Marco Polo foi revisado de R$ 12 para R$ 10. Apesar da redução, a ação ainda apresenta um potencial de alta de 26,7% em relação ao fechamento da última sexta-feira (31).

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