Méliuz (CASH3) deve apresentar bom desempenho na 3T25, aponta BTG; investir após queda?
Ebitda de R$ 20 milhões projetado para plataforma de cashback no terceiro semestre, aponta análise.

Análise do BTG Pactual Sobre a Méliuz (CASH3)
O banco BTG Pactual publicou um relatório positivo sobre a plataforma financeira Méliuz (CASH3) nesta terça-feira (7). A recomendação é de compra, baseada em diversos fatores que impulsionam o potencial da ação.
Os analistas preveem um Ebitda de R$ 20 milhões para o terceiro semestre de 2025 (3T25), superando as expectativas do mercado, que projetava R$ 16 milhões. Esse valor representa um crescimento de 67% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 170% em comparação com o mesmo período de 2024. A empresa também teve um lucro líquido de R$ 7,6 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), com um Ebitda de R$ 12 milhões, similar ao do primeiro trimestre.
Um ponto chave na análise é a estratégia da Méliuz como uma “bitcoin treasury company”. A valorização do bitcoin (BTC) tem gerado um aumento no valor total da empresa, cerca de R$ 30 milhões até o segundo trimestre e mais R$ 25 milhões posteriormente. Apesar de essa valorização não ser refletida nos resultados financeiros por conta das regras de patrimônio aplicadas em criptomoedas, o BTG considera que o negócio legado da empresa ainda é relevante, com um valor de mercado inferior a US$ 90 milhões.
Além disso, espera-se uma melhora na receita bruta, impulsionada pelo aumento da taxa de comissão e do volume de vendas no marketplace. As vendas antecipadas da Black Friday, em 28 de novembro, também devem contribuir para esse crescimento, assim como os produtos financeiros, como o Méliuz Nota Fiscal. Os analistas do BTG estimam que o negócio pode gerar pelo menos R$ 70 milhões de Ebitda neste ano, com uma conversão de Ebitda em caixa em torno de 50% (quase R$ 35 milhões), resultando em um retorno significativo para o investidor.