Méliuz (CASH3) lança-se nos EUA para intensificar a aposta em bitcoin (BTC); observe as mudanças para os investidores
A nova cotação é listada no índice OTCQX, com o ticker MLIZY, e o JP Morgan atua como banco depositário responsável pelos recibos nos Estados Unidos.
A Méliuz (CASH3) obteve seu visto e chegou ao território americano, com o lançamento da plataforma de cashback na OTC Markets na sexta-feira (15).
A nova cotação refere-se a American Depositary Receipts (ADRs), negociados sob o ticker MLIZY no Índice OTCQX da bolsa americana. O JP Morgan é o banco depositário responsável pelos ADRs nos Estados Unidos.
Para os acionistas da Méliuz do Brasil, é possível converter as ações listadas na B3 pelas novas ADRs. Cada recibo MLIZY corresponderá a dois papéis CASH3.
De acordo com o BTG Pactual, a abertura de mercado nos EUA da plataforma de cashback pode facilitar a chegada de investimentos estrangeiros e aumentar os negócios, em razão das oportunidades de arbitragem entre os mercados.
Por volta das 15h52, a Meliuz descia 2,86% na B3, com cotação de R$ 5,44. No ano, o ativo apresenta alta de 96,73%.
Tentativa na direção correta.
Segundo os analistas do BTG, a tese do Meliuz como “Bitcoin Treasury Company” ainda se encontra em suas fases iniciais, sendo o IPO um fator crucial para o êxito da nova estratégia focada em Bitcoin (BTC).
No entanto, os analistas do banco não sabem se a negociação offshore resolverá o problema [de fôlego no Brasil], mas a consideram “uma tentativa na direção certa”.
A projeção de ganhos, caso bem-sucedida, pode ser significativa quando comparada a empresas internacionais que adotaram o mesmo modelo, como Strategy (anteriormente MicroStrategy) e MetaPlanet.
Esses fatores fazem da plataforma de cashback uma situação análoga a um investimento de capital de risco.
Apesar do cenário adverso, a Méliuz continua com um negócio de cashback de quase 15 anos que gera receita e apresenta crescimento. A desvantagem da empresa permanece favorecida, segundo o BTG.
A BTG reforça a sugestão de adquirir as ações da Méliuz, com meta de R$ 9 no final do ano, considerando uma valorização de 60% em relação ao encerramento da última quinta-feira (14).
Bilhete premiado ou aposta arriscada do Meliuz?
A Melix nos EUA busca aumentar a exposição aos investidores internacionais, otimizar a liquidez e a volatilidade dos ativos – elementos que auxiliam a empresa a implementar sua estratégia de se tornar uma “tesouraria de bitcoin”.
Adicionalmente, a divulgação pode atrair investimentos estrangeiros – particularmente por investidores que não possuem estrutura jurídica para operar diretamente na B3.
De acordo com o BTG Pactual, após o follow-on de julho, a Méliuz enfrenta três obstáculos no mercado brasileiro que dificultam o acesso a novos mercados.
A jogada do Meliuz pode provocar que a volatilidade esperada do ativo influencie de forma mais significativa o valor teórico desse título.
A expansão da liquidez, com a facilidade de adquirir e vender ações em diferentes bolsas, tende a reduzir as diferenças de preço e aumentar o volume de negociação, simplificando estratégias de proteção, avaliação e obtenção de recursos. Adicionalmente, o lançamento de novas emissões da plataforma de cashback pode introduzir instrumentos como novos warrants ou debêntures conversíveis vinculadas ao desempenho da criptomoeda, buscando manter a aposta na posição em bitcoin.
Fonte por: Seu Dinheiro