Melody Wilding ensina a “gerenciar para cima” e impulsionar sua carreira

Melody Wilding alerta: profissionais de grandes empresas como a Fortune 500 enfrentam desafio de entender o que seus chefes esperam. Em seu livro, Wilding defende a importância de “gerenciar para cima”, alinhando expectativas e construindo influência

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(Imagem de reprodução da internet).

Profissionais e o Dilema da Compreensão do Líder

Muitos profissionais qualificados, com alta performance e boa reputação interna, enfrentam um desafio recorrente: não conseguem entender o que seus chefes realmente esperam deles. Alguns se sentem deixados de lado em projetos importantes ou promoções, enquanto outros se desmotivam com a dinâmica interna das empresas.

Melody Wilding, terapeuta, professora de comportamento humano e coach executiva – que já orientou profissionais de grandes empresas como a e da Fortune 500 –, destaca que a raiz desse problema geralmente reside na falta de habilidade para “gerenciar para cima”.

O tema é central no seu livro “Managing Up: How to Get What You Need from the People in Charge”, no qual Wilding defende que navegar estrategicamente a relação com superiores, e não apenas executar tarefas, é uma competência essencial no mercado de trabalho atual.

A expressão pode parecer antiga, mas para ela, não se trata de agradar os chefes, e sim de compreender seus estilos, alinhar expectativas e construir influência de forma inteligente. Essa é uma ferramenta crucial para ambientes competitivos, além de impulsionar o crescimento profissional.

As 10 Conversas que Moldam sua Carreira

Wilding organiza sua metodologia em torno de dez conversas essenciais. São diálogos que, segundo ela, diferenciam profissionais que “se viram” daqueles que assumem o controle de suas carreiras. Essas interações não são únicas; são práticas contínuas.

  1. Conversa de Alinhamento: Entender como o seu trabalho se conecta às prioridades do líder.
  2. Conversa sobre Estilos: Descobrir como seu chefe se comunica e toma decisões.
  3. Conversa de Responsabilidade: Sair da postura de “cumprir ordens” e apresentar ideias.
  4. Conversa sobre Limites: Aprender a dizer “não” de forma estratégica.
  5. Conversa de Feedback: Entregar críticas construtivas.
  6. Conversa de Networking Interno: Identificar influenciadores.
  7. Conversa sobre Visibilidade: Garantir que seu trabalho seja reconhecido.
  8. Conversa de Promoção: Se posicionar para o próximo passo na carreira.
  9. Conversa sobre Dinheiro: Negociar salário e benefícios.
  10. Conversa de Saída: Deixar a empresa em bons termos.

A Regra de Ouro: Adaptar Antes de Agir

Wilding enfatiza que nenhuma dessas conversas funciona da mesma forma para todos. Cada chefe e empresa são únicos. Ela descreve quatro perfis comuns de liderança: Comandante, Líder de Torcida, Zelador e Controlador, e sugere abordagens específicas para cada um, sempre preservando a autonomia do profissional e a inteligência emocional como ferramenta central.

O objetivo não é se moldar ao chefe, mas entender como ele opera para influenciar com mais eficácia.

Antes de gerenciar para cima, é fundamental saber o que você quer. A autora pede que o leitor imagine seu “melhor dia de trabalho possível daqui a um ano”. A partir dessa visão, surgem prioridades, escolhas de carreira e limites, e fica mais fácil conduzir as conversas essenciais.

Segundo ela, “antes de alinhar com os outros, você precisa alinhar consigo mesmo”.

Comece pequeno. Mas comece. Para muitos profissionais de alta performance, essas conversas parecem desconfortáveis. Wilding recomenda começar devagar, construindo confiança e naturalidade. Um alinhamento por vez. Um limite por vez. Uma solicitação clara por vez.

O resultado não é apenas melhorar a relação com superiores, mas mudar a forma como você se percebe dentro da organização: de alvo de decisões alheias para agente ativo da sua carreira.

No final, gerenciar para cima não é sobre agradar chefes. É sobre obter clareza, influência e autonomia.

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