Mercado Brasileiro em Novembro de 2025: Dinâmica Favorável e Expectativas de Juros Baixos

Mercado brasileiro em alta em novembro de 2025! Dinâmica favorável nos ativos, impulsionada por expectativas de juros menores e cenário internacional mais estável

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(Imagem de reprodução da internet).

Dinâmica Favorável nos Ativos Brasileiros em Novembro de 2025

Em novembro de 2025, o cenário econômico brasileiro apresentou uma dinâmica particularmente interessante, contrastando com a situação nos mercados internacionais. Observando o comportamento dos ativos domésticos, a fotografia era mais favorável do que a vista nos mercados globais.

Essa situação se deveu, em grande parte, à expectativa de um dólar estruturalmente mais fraco, um movimento que historicamente beneficia ativos internacionais, incluindo os brasileiros, que tradicionalmente demonstram maior sensibilidade a flutuações cambiais.

Incertezas Globais e Oportunidades para o Brasil

No entanto, o pano de fundo global ganhou um contorno distinto, marcado pelo temor crescente de uma possível bolha nas teses ligadas à inteligência artificial (IA). Enquanto os Estados Unidos enfrentavam volatilidade adicional, tanto devido a essa preocupação com valuations em IA quanto à incerteza sobre a continuidade do ciclo de cortes do Federal Reserve (Fed), os ativos domésticos encontravam espaço para avançar.

A combinação de expectativas mais firmes de redução da Selic, maior probabilidade de alternância de poder nas eleições de 2026 e um dólar ainda enfraquecido criaram um ambiente mais construtivo para o Brasil.

Mudanças no Fed e Expectativas de Juros

Durante a etapa final do mês, o cenário internacional começou a se recompor. As tensões sobre o setor de inteligência artificial arrefeceram, dando lugar a um processo mais saudável de diferenciação entre empresas — uma rotação entre nomes que subiram excessivamente e outros que ficaram para trás — ao mesmo tempo em que ressurgiu a chance de um corte adicional de juros nos EUA.

Esse ponto foi central. Durante boa parte de novembro, o mercado global operou sob incerteza quanto à possibilidade de cortes adicionais já em dezembro, refletindo o tom mais duro adotado por Jerome Powell na última coletiva — quando evitou sinalizar conforto com novos cortes — e o “apagão” de dados oficiais resultante do shutdown prolongado do governo norte-americano.

A ausência de indicadores-chave aumentou a hesitação dos investidores e reforçou a volatilidade.

Conclusão

Gradualmente, o ambiente começou a mudar. O fim da paralisação permitiu a retomada da divulgação de indicadores — ainda que atrasados e com defasagens estatísticas relevantes — e trouxe maior visibilidade ao ciclo econômico. Paralelamente, dados privados e regionais, que não foram afetados pelo shutdown, continuaram a ser publicados e acabaram reforçando a leitura de desaceleração moderada e de espaço para flexibilização monetária.

Esses sinais, combinados, ajudaram a sustentar a percepção de que um novo corte de juros em dezembro voltou a ser uma possibilidade concreta, contribuindo para a melhora dos mercados globais na virada do mês. A sucessão no Fed tornou-se um dos principais focos de atenção dos mercados, com Donald Trump já tendo escolhido o nome que substituirá Jerome Powell e a expectativa de que Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, assuma o comando, buscando juros mais baixos.

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