Mineração: Faturamento Acelera com Crescimento de 34% em 2025

Setor mineral registra forte crescimento: faturamento de R$ 76,2 bilhões no 3º trimestre de 2025 (34%).

21/10/2025 18:57

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e os chefes de missões diplomáticas à Amazônia Oriental, fazem sobrevoo para a  sobre a Floresta Nacional de Carajás e visita à mineradora Vale.
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O setor mineral brasileiro alcançou um faturamento de R$ 76,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, demonstrando um crescimento expressivo de 34% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados R$ 56,7 bilhões. Os dados, divulgados nesta terça-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), revelam um cenário promissor para o setor.

Os estados com maior participação no faturamento foram Minas Gerais (39%), Pará (35%) e Bahia (4%). Esses números refletem a diversidade e a importância estratégica da mineração em diferentes regiões do país.

O minério de ferro se destacou como a substância com maior impacto no resultado, representando 52% do faturamento. O mineral apresentou um aumento de 27% em comparação com o terceiro trimestre de 2024, atingindo R$ 39,8 bilhões. Outros minerais de destaque incluem potássio (57%), carvão mineral (24%) e enxofre (6%).

Foram exportadas 121 milhões de toneladas de produtos do setor, com um aumento de 6,2% na comparação anual. O minério de ferro também liderou as exportações, respondendo por 65% dos envios. A China foi o principal destino dos envios (69,3%). Os EUA (20,8%), Rússia (19,3%), Canadá (14,3%) e Austrália (11,4%) também se destacaram como destinos importantes.

O setor de minerais prevê investimentos de US$ 68,4 bilhões em projetos para o período 2025-2029. Espera-se que o minério de ferro represente o maior volume de investimentos (R$ 19.597 bilhões), enquanto o crescimento percentual mais significativo está previsto para as terras raras, com avanço de 49% em relação ao período 2024-2028.

“O que justifica esse aumento é a expectativa de demanda pelas terras raras. Quando a gente vê os estudos de demanda da União Europeia e dos Estados Unidos, por exemplo, vê projeções elevadas”, disse Julio Cesar Nery Ferreira, diretor de Assuntos Minerários do Ibram. “Elas já foram identificadas em vários estados, como no sul de Minas Gerais, onde temos uns quatro ou cinco projetos, mas também em Goiás, Bahia, e outros estados”.

“Segundo os levantamentos geológicos mundiais, o Brasil tem a segunda maior reserva do mundo em terras raras. Tivemos agora a criação de uma comissão parlamentar de terras raras no Congresso. É um fator geopolítico que o Brasil tem para explorar”, disse Fernando Azevedo, vice-presidente do Ibram.

Além das terras raras, o setor projeta aumento na demanda de minerais tidos como críticos ou estratégicos, como cobre, lítio, níquel, cobalto, nióbio, zinco e grafita.

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