Minerva despenca 13% no Ibovespa: análise do gigante da carne e riscos no setor

Minerva (BEEF3) lidera queda no Ibovespa com 13% após trimestre recorde. Receita de R$ 15,5B, mas analistas alertam para riscos no setor.

06/11/2025 14:26

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(Imagem de reprodução da internet).

Desempenho da Minerva no Ibovespa e Análise do Mercado

A ação da Minerva (BEEF3) enfrentou uma forte queda nesta quinta-feira (6), despencando 13,07% e sendo a maior queda do Ibovespa. O movimento, que elevou o preço da ação a R$ 6,45, ocorre apesar de um trimestre recorde para o frigorífico. A empresa apresentou uma receita líquida de R$ 15,5 bilhões, um aumento de 82,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 11,5% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Análise do Resultado e Impacto no Mercado

O resultado positivo da Minerva foi impulsionado pela conclusão da integralização de novos ativos, que ocorreram antes do cronograma previsto. A empresa também registrou um recorde em nível trimestral do Ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), atingindo R$ 1,4 bilhão.

Além disso, o lucro líquido foi de R$ 120 milhões, com um aumento de 27,6% em relação ao trimestre anterior.

Preocupações dos Analistas e Riscos Identificados

Apesar do bom desempenho, os analistas expressam preocupações sobre a sustentabilidade desse crescimento. O ciclo de conversão de caixa negativo indica que o aumento da receita está acompanhado de um aumento no fluxo de caixa, o que é incomum no setor.

Outros pontos de atenção incluem o aumento no risco sacado, a divulgação de uma linha de dívida relacionada a operações de energia e uma teleconferência de resultados considerada “morta” e com sinalização conservadora para o quarto trimestre.

Recomendações de Bancos de Investimento

Apesar das preocupações, alguns bancos de investimento mantêm uma visão positiva sobre a Minerva. O Itaú BBA e o BB Investimentos recomendam a compra das ações, destacando gatilhos no curto prazo, como a melhoria na geração de fluxo de caixa livre e a redução na alavancagem.

O BTG Pactual, por sua vez, mantém uma recomendação neutra, considerando que grande parte do que poderia impulsionar a ação já foi alcançada.

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