Moraes destitui defesas de Filipe Martins e Marcelo Câmara no STF

Ministro do STF avaliou que defesas usaram “abuso de defesa” e tentaram “protelar” o julgamento. Leia agora no Poder360.

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Destituição de Advogados em Julgamento do Golpe de Estado

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quinta-feira (9.out.2025) a destituição dos advogados Filipe Martins Garcia e Marcelo Costa Câmara, em razão do abuso do direito de defesa.

Na decisão, o ministro afirmou que as defesas dos réus do núcleo 2 da denúncia sobre o golpe de Estado não apresentaram alegações finais dentro do prazo estabelecido, demonstrando a intenção de atrasar o andamento do julgamento.

“O comportamento das defesas dos réus é absolutamente inusitado, configurando, inclusive, litigância de má-fé, em razão da admissão da intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”, declarou o ministro Moraes.

Advogados Destituidos e Acusações

Além de Filipe Martins Garcia e Marcelo Costa Câmara, os advogados Jeffrey Chiquini da Costa e Ricardo Scheiffer Fernandes também foram destituidos, pois representavam o réu Filipe Martins Garcia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Martins de ter elaborado a “minuta golpista”, auxiliando na sua apresentação ao alto comando das Forças Armadas em reunião em 7 de dezembro de 2022.

Reclamações e Defesas dos Advogados

Após o encerramento do prazo para as alegações finais na segunda-feira (6.out), os advogados dos réus apresentaram uma “petição incidental”, alegando que as provas da PGR são inválidas, pois foram produzidas após o término da fase de instrução e não foram submetidas a perícias técnicas. A defesa solicitava uma extensão do prazo para as alegações.

O ministro considerou que os advogados deixaram de se manifestar “sem motivo plausível ou pertinente”, considerando que a petição tinha a “intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”.

Outros Advogados Destituidos

Os advogados Jorge Felipe Oliveira da Silva, Diego Godoy Gomes, Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz e Luiz Christiano Gomes dos Reis Kuntz, que representavam o coronel Marcelo Costa Câmara, também foram destituidos.

O militar é acusado pela PGR de “coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas”, juntamente com o general Mário Fernandes, também réu do núcleo 2.

Participantes do Núcleo 2

O núcleo 2 da denúncia inclui ainda:

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