Morgan Stanley prevê surpresas em 2026: cenários para o S&P 500 e mercados
Estratégos alertam: S&P 500 pode avançar 13% em 2026, mas cenários surpreendem! Morgan Stanley projeta avanço, mas avalia riscos com inflação e mercados.
Estratégios do Morgan Stanley alertam que, apesar das previsões de um ano positivo para o mercado de ações, o ano de 2026 pode apresentar surpresas que alterem o curso dos mercados financeiros. O banco estima um avanço de aproximadamente 13% no índice S&P 500, impulsionado por resultados corporativos robustos e por uma recuperação gradual da economia dos Estados Unidos.
No entanto, a equipe liderada por Matthew Hornbach ressalta que um ano sem imprevistos seria, por si só, uma surpresa. O relatório, analisado pelo Business Insider, detalha três cenários alternativos que o banco considera relevantes para a análise do mercado.
Cenário 1: Produtividade Crescente sem Criação de Empregos
Um dos cenários explorados é o avanço significativo da produtividade sem a correspondente geração de novos postos de trabalho. Essa dinâmica poderia ajudar a controlar os salários e a inflação, sustentando o crescimento econômico. Segundo Hornbach, a inflação subjacente poderia cair abaixo de 2%.
Essa desinflação, impulsionada pelo aumento da oferta, daria ao Federal Reserve (Fed) mais flexibilidade para reduzir as taxas de juros, sem que os investidores se preocupassem com um aumento da inflação causado por políticas monetárias mais brandas.
Cenário 2: Mudança na Relação entre Ações e Títulos
Outra possibilidade levantada é uma mudança no comportamento conjunto das ações e dos títulos. Após ambos subirem em 2025, em um cenário que desafiou a lógica tradicional, essa dinâmica pode se inverter se a inflação se alinhar com a meta estabelecida pelo Fed.
Com as expectativas de inflação em conformidade com a meta e com risco de ficarem abaixo dela, a ideia de que “ruim é ruim” para ativos de risco retornaria, fazendo com que os títulos do Tesouro voltassem a desempenhar um papel central como proteção nas carteiras de investimento.
Cenário 3: Aumento das Commodities e da Energia
O Morgan Stanley também identifica espaço para uma forte alta nas commodities, incluindo energia. Um dólar mais fraco, resultado da política monetária dos EUA em contraste com outras nações, combinado com estímulos econômicos na China, poderia impulsionar os preços.
A desvalorização do dólar e o forte consumo na China impulsionam os preços da energia, incluindo a gasolina, que se encontra atualmente abaixo das mínimas dos últimos cinco anos, para novos patamares recordes. A oferta limitada, o aumento da demanda ligado à inteligência artificial e a busca por ativos de proteção reforçam esse cenário positivo.
Autor(a):
Redação
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