Moura Dubeux: Bradesco BBI projeta alta de 50% na construtora
Banco revisa projeções após bom desempenho no terceiro trimestre, apontando que empresa obteve resultados superiores ao esperado.

Moura Dubeux: Bradesco BBI Eleva Previsão e Destaca Potencial
Após um desempenho operacional robusto no terceiro trimestre, a construtora nordestina Moura Dubeux (MDNE3) recebeu um impulso positivo do Bradesco BBI. O banco elevou suas projeções para a companhia, impulsionando o preço-alvo das ações de R$ 31 para R$ 40, indicando uma expectativa de alta superior a 50% para os papéis.
Análise do Bradesco BBI: Foco em Resultados e Estratégias
A revisão das projeções se baseia no fato de que a Moura Dubeux já atingiu as metas de lançamentos para o ano inteiro até o nono mês de 2025, totalizando R$ 3,6 bilhões, um aumento de 73% em comparação com o ano anterior. O banco destaca um Índice de Vendas sobre Oferta (VSO) de 53% nos últimos 12 meses, avaliado como um indicador sólido.
Modelo de Negócios e Parcerias Estratégicas
O Bradesco BBI ressalta o sucesso do modelo de negócios da Moura Dubeux, especialmente no segmento de condomínios, onde 80% das vendas brutas no terceiro trimestre de 2025 e 67% até o final do ano foram provenientes desse setor. A empresa acredita que esse segmento é a base da estratégia de crescimento, impulsionado por projetos de grande escala que aumentam o poder de precificação e a expansão das margens.
Joint Venture com a Direcional
A instituição financeira também avaliou positivamente a joint venture (JV) da Moura Dubeux com a Direcional (DIRR3), anunciada em setembro. O Bradesco BBI acredita que essa parceria pode mitigar os riscos de execução nas operações do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), gerando confiança adicional nos segmentos Mood e Única, que são áreas da Moura Dubeux dentro do MCMV, e sustentando lançamentos estáveis.
Potencial de Crescimento e Valorização
Com base na análise, o Bradesco BBI elevou sua estimativa de lucro líquido para o ano que vem para R$ 500 milhões, 16% acima da expectativa anterior e 14% superior ao consenso da Bloomberg. O banco considera a ação ainda atrativa, com o papel negociando a 4,4 vezes o lucro estimado para 2026 e com potencial para oferecer um dividend yield de cerca de 9% entre o quarto trimestre de 2025 e o próximo ano fiscal. A instituição também enxerga potencial de nova valorização conforme a liquidez das ações aumenta e o cenário econômico melhora.