Moura Dubeux Divulga Prévia Operacional com Sinal de Atenção
Em um cenário de otimismo no mercado de ações, a Moura Dubeux (MDNE3) apresentou sua prévia operacional referente ao terceiro trimestre de 2025, gerando questionamentos sobre a sustentabilidade de sua recente trajetória ascendente. A empresa, líder no mercado da construção civil no Nordeste, buscou apresentar um panorama de seu desempenho, mas os números revelaram nuances que merecem atenção.
Desempenho em VGV Líquido: Crescimento Moderado
Entre julho e setembro de 2025, a construtora registrou um aumento de 21,9% no Valor Geral de Vendas (VGV) líquido, alcançando R$ 1,3 bilhão. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas vendas na Paraíba (46% ou R$ 623 milhões) e no Ceará (39% ou R$ 519 milhões). No entanto, em comparação com o trimestre anterior, houve uma queda de 28,1% no VGV, indicando uma desaceleração no ritmo de vendas.
Fluxo de Caixa e Lançamentos: Indicadores de Alerta
A construtora consumiu R$ 77 milhões em caixa durante o período, um valor significativamente superior aos R$ 23 milhões gerados no mesmo intervalo do ano anterior. Além disso, o número de lançamentos de novos empreendimentos diminuiu para cinco, em contraste com os seis lançamentos registrados no trimestre anterior. Essa redução no número de lançamentos pode indicar uma menor capacidade de expansão da empresa.
Análise Comparativa e Perspectivas
É importante notar que a comparação com o terceiro trimestre de 2024, que representou um recorde nas vendas líquidas, impulsionando o VGV para R$ 1 bilhão, cria uma base de comparação desafiadora. Apesar do crescimento no VGV líquido, a desaceleração nas vendas contratadas (4% em relação a 2024) e a queda na velocidade das vendas (0,3 ponto percentual) sugerem um cenário de cautela. A empresa enfrenta o desafio de manter o crescimento em um contexto de base de comparação elevada.