Mubadala assume controle da Linha Amarela do Rio em acordo com Invepar

Negócio avança na reestruturação da Invepar, busca reduzir dívidas e Mubadala assume Linha Amarela no Rio.

20/10/2025 9:15

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Mubadala assume controle da Linha Amarela do Rio em acordo com Invepar
(Imagem de reprodução da internet).

A Invepar deu um passo importante na sua reestruturação financeira, anunciando a transferência de 60,3% do capital social da Lamsa, empresa responsável pela administração da Linha Amarela no Rio de Janeiro, para o Mubadala Capital, um fundo soberano de Abu Dhabi. Essa operação de “dação em pagamento” visa quitar dívidas através da entrega de ativos.

Quitação de Dívidas

Com essa transação, a Invepar encerra um passivo de R$ 349,7 milhões referente às 3ª e 5ª emissões de debêntures, que foram concedidas ao Mubadala. Após a conclusão, a companhia manterá 39,7% das ações da Lamsa.

Aprovação Regulatória

A finalização da operação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Prefeitura do Rio de Janeiro, devido à natureza da concessão pública envolvida.

Prorrogação do Standstill

A Invepar e a Lamsa também estenderam o acordo de “standstill” extrajudicial com os principais credores até 29 de dezembro de 2025. Esse acordo suspende temporariamente a cobrança de dívidas, permitindo que a empresa negocie a reestruturação do passivo.

Dificuldades Financeiras da Invepar

A Invepar acumulou dívas significativas após investimentos em infraestrutura, como rodovias, metrôs e aeroportos. A crise foi agravada pela queda no tráfego e no uso do metrô, especialmente após a pandemia de 2020.

Disputas Jurídicas e Impacto

A disputa com a Prefeitura do Rio de Janeiro sobre a concessão da Linha Amarela gerou incerteza jurídica e financeira, afetando a avaliação do ativo e dificultando a atração de investidores. Essa situação contribuiu para a necessidade de acordos de “standstill” e a busca por soluções para reestruturar a dívida.

Estratégias da Invepar

A empresa busca renegociar a dívida com credores nacionais e internacionais, sem recorrer à recuperação judicial. A saída do controle da Lamsa e a venda de outras participações, como a do VLT Carioca, visam aliviar a pressão sobre o balanço e consolidar operações menores, como a MetrôRio.

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