Natura incorpora Avon Industrial em estratégia de simplificação
Movimento estratégico do grupo visa simplificar estrutura societária e governança, após início de reorganização em 2022.

Natura Incorpora Avon Industrial em Transação de Reestruturação
A Natura (NATU3) anunciou nesta sexta-feira (10) a incorporação da Avon Industrial, que será desativada. A operação passará pela aprovação dos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), agendada para 31 de outubro, às 11h. A decisão faz parte de uma estratégia de simplificação e reorganização da estrutura societária e de governança da empresa, iniciada em 2022.
Foco em Eficiência Operacional
Com a desmobilização gradual da fábrica de Interlagos e a concentração da produção em Cajamar, a Natura busca aumentar a eficiência operacional. A expectativa é que a transação possa acelerar o aproveitamento de créditos fiscais indiretos. A conclusão da operação está prevista para 1º de novembro.
Detalhes da Transação
A incorporação não envolverá aumento de capital ou emissão de novas ações, pois a Natura detém a totalidade das quotas da Avon Industrial. A operação deve gerar custos de aproximadamente R$ 400 mil, incluindo honorários de assessoria e registro dos atos societários. A empresa não identificou riscos relevantes para este tipo de transação.
Venda da Avon International
Em agosto, a Natura firmou um acordo vinculante para vender a Avon International a um veículo de aquisição afiliado à Regent. A transação será concluída por um valor simbólico de 1 libra, acrescido de cláusulas de earn-outs e pagamentos contingentes, dependendo do desempenho da empresa após o fechamento. A operação não inclui os mercados russo e os da América Latina.
Estratégia de Concentração
A venda representa um passo importante nos esforços para se desfazer da Avon International e da Avon América Central e República Dominicana (CARD). A Natura continua avaliando alternativas estratégicas para o mercado russo da Avon. A administração da empresa tem buscado simplificar a estrutura da companhia, e a possível alienação da Avon International pode ser um fator positivo para as ações, conforme apontado por analistas do BTG Pactual.