O Nubank, comprometido com sua identidade de marca e sem planos de alterar seu nome, está explorando a possibilidade de adquirir um banco brasileiro para obter a licença bancária no país. Essa informação foi revelada pelo CEO e fundador do Nubank, David Vélez, em entrevista à CNN Money.
A fintech já havia anunciado sua busca pela aprovação do Banco Central (BC) para atender à nova exigência do regulador, que exige que instituições que utilizam a palavra “banco” em seu nome possuam licença bancária no Brasil.
Opções em Análise
Atualmente, o Nubank opera no Brasil como Instituição de Pagamento, Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento e Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. A empresa precisa decidir entre solicitar a autorização diretamente ao Banco Central, um processo que pode ser demorado, ou adquirir uma instituição financeira já licenciada.
Segundo David Vélez, ambas as alternativas estão sendo avaliadas.
Potenciais Benefícios da Aquisição
A aquisição de um banco menor poderia regularizar a licença bancária do Nubank, além de proporcionar acesso a créditos tributários acumulados pela instituição adquirida. Essa operação estratégica poderia gerar um ganho fiscal relevante para a fintech.
A assessoria do Nubank já havia confirmado ao Seu Dinheiro que a fintech avalia ambas as opções.
Disputa Tributária e a Defesa do Nubank
A questão da licença bancária está interligada a um tema central na indústria financeira: a carga tributária das fintechs. Os grandes bancos defendem que empresas como o Nubank devem ser tratadas como instituições financeiras plenas, com a mesma taxa nominal de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
O Nubank, por sua vez, argumenta que a taxa efetiva, considerando compensações e créditos acumulados, é a métrica mais relevante.
