O cenário segue desafiador para o Banco do Brasil (BBAS3)? Especialistas avaliam perspectivas para o desempenho no segundo trimestre de 2025

O mercado aguarda que o Banco do Brasil (BBAS3) mostre resultados desfavoráveis, com prejuízo e baixa rentabilidade, além de aumento da inadimplência.

14/08/2025 6:49

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Análise do Mercado do Banco do Brasil (BBAS3) – Perspectivas para 2025

É difícil encontrar no mercado alguém que esteja otimista quanto ao que está por vir no resultado do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre de 2025. Na realidade, a discussão agora vem sendo sobre quão ruim deverá ser o novo balanço do banco.

Os analistas preveem queda de lucros, margens reduzidas e aumento da inadimplência – um cenário desfavorável para a obtenção de dividendos significativos.

O consenso da Bloomberg aponta que o Banco do Brasil deverá concluir o trimestre com um lucro líquido ajustado de R$ 5,770 bilhões.

A confirmação resultaria em uma queda de 39% em relação aos lucros obtidos no mesmo período do ano anterior.

Alguns analistas permanecem pessimistas após recentes dados do Banco Central. O JP Morgan, por exemplo, projeta que o lucro pode diminuir para uma faixa entre R$ 2,8 bilhões e R$ 3 bilhões caso uma tendência negativa identificada pelo BC se concretize.

A rentabilidade projetada para o Banco do Brasil, além de considerar aspectos financeiros, apresenta resultados pouco promissores.

As projeções indicam que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) atingirá 11,5%. Esse resultado estaria significativamente abaixo dos 21,6% observados no segundo trimestre de 2024, e representaria o menor nível de retorno do BB desde 2016.

Há também quem esteja mais conservador quanto às projeções para a rentabilidade. É o caso do Safra, que prevê uma deterioração do ROE para 10,3%.

O que esperar do balanço do Banco do Brasil no segundo semestre de 2025

O Banco do Brasil (BBAS3) apresenta boas perspectivas de retomar o título de melhor desempenho entre os grandes bancos na próxima fatia de resultados.

O principal receio do mercado é o aumento da inadimplência no Banco do Brasil, o que deverá continuar a impactar a lucratividade da instituição devido à deterioração do crédito para o agronegócio.

O Itaú BBA projeta que o Banco do Brasil terá desafios significativos em razão de maiores despesas com provisões.

Os mercados aguardam para observar as implicações da nova projeção para o ano fiscal de 2025 em relação ao carryover de 2026. Os analistas expressaram cautela, prevendo um processo de recuperação mais prolongado.

O Safra, contudo, aponta outro problema no segundo semestre de 2025: a carteira de crédito corporativo, principalmente para pequenas e médias empresas (PMEs).

Apesar do foco do mercado no setor rural, espera-se que a desconfiança no segundo semestre de 2025 derive da carteira de crédito às empresas, sobretudo às pequenas e médias empresas, segundo os analistas.

Além dos dados do segundo trimestre, os investidores acompanharão os sinais do Banco do Brasil para o ano de 2025.

De acordo com a BTG Pactual, o Banco do Brasil pode anunciar a projeção revisada para 2025, o que poderia proporcionar maior definição sobre o rumo da instituição nos próximos meses.

Menor pagamento de dividendos para quem investe na BBAS3? É o que aponta o BofA.

Investir no Banco do Brasil (BBAS3) pode resultar em períodos de baixa rentabilidade com relação aos dividendos.

Os analistas alertam para o risco de o banco estatal distribuir ainda menores rendimentos aos investidores nos próximos trimestres, em razão do aumento das despesas com provisões relacionadas a perdas decorrentes de incobrança dos resultados do Banco do Brasil.

Caso o Bank of America apresente um lucro no segundo trimestre, o Banco do Brasil poderá diminuir o valor do pagamento de dividendos.

A instituição estatal definiu, em 2025, uma faixa de tolerância de payout de proventos aos acionistas, compreendendo valores entre 40% e 45%. Anteriormente, essa política estabelecia um limite de 45%.

Fonte por: Seu Dinheiro

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