O freio da WEG (WEGE3): corte no preço-alvo e ausência de expectativa de valorização expressiva em breve; compreenda os motivos

A XP mantém sua recomendação neutra para as ações da WEG, indicando uma desaceleração do crescimento no curto prazo, embora reconheça a solidez dos seus…

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(Imagem de reprodução da internet).

Análise da XP sobre a WEG

A XP não demonstra otimismo em relação ao desempenho da WEG (WEGE3) no curto prazo. Após os resultados do segundo trimestre, os analistas não preveem margem para uma valorização expressiva das ações nos próximos anos, considerando que os papéis estão sendo negociados a um preço considerado descontado.

A meta de preço para as ações da WEG diminuiu para R$ 44 até o fim de 2026, o que indica um possível aumento de valorização de 18,2% em relação ao fechamento da última segunda-feira (11). Anteriormente, a estimativa era de R$ 46 para o encerramento de 2025.

Com esta atualização, os analistas da XP mantiveram a recomendação neutra para WEGE3.

Na terça-feira (12), as ações da WEG apresentaram queda no Ibovespa. Os papéis desceram 1,64%, com cotação de R$ 36,61. No período acumulado do ano, a ação já perdeu aproximadamente 30%.

Qual a razão pela qual a XP está demonstrando cautela em relação à WEG?

Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes identificam uma combinação de fatores que sustenta a perspectiva mais conservadora em relação à empresa.

O primeiro é o resultado do segundo trimestre, que ficou abaixo das projeções. A WEG obteve lucro líquido de R$ 1,59 bilhão entre abril e junho, aumento de 10,4% em relação ao mesmo período de 2024.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que indica a capacidade de geração de caixa, atingiu R$ 2,26 bilhões, com aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.

Apesar dos avanços, a XP classificou o desempenho como “mais fraco do que o esperado”, com “sinais iniciais” de desaceleração no crescimento orgânico.

A incerteza do cenário econômico mundial sugere que a empresa poderá ter um crescimento mais lento nos lucros a curto prazo. A WEG opera em segmentos mais suscetíveis a ciclos econômicos, o que pode impactar negativamente os resultados futuros.

A previsão de resultados da XP até 2026, com crescimento orgânico de apenas um dígito.

Ações punidas pelo futuro.

A ausência de notícias ou acontecimentos que possam impulsionar consideravelmente o preço da ação diminui as perspectivas de valorização expressiva nos próximos meses. Na avaliação dos analistas, a cotação corrente já reflete essa visão mais cautelosa.

As ações WEGE3 estão sendo negociadas hoje com um múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) de 22,4 vezes para 2026. Para a XP, há pouco espaço para queda desse número, considerando 20 como um “piso” de valuation.

Essa proporção indica uma redução de 15% em comparação com outras empresas do setor industrial e de energia. Contudo, a XP avalia como justificável tal desconto, considerando que as projeções de lucro líquido para 2026 estão 6% inferiores ao que é esperado pelo mercado.

A longo prazo, há esperança.

Apesar da prudência no curto e médio prazo, a XP ressalta que os pilares da WEG permanecem fortes. Espera-se que o crescimento retome sua intensidade a partir de 2027.

Essa revisão deve ser motivada pelos investimentos em expansão de capacidade, principalmente no segmento de Transmissão e Distribuição (T&D).

Adicionalmente, setores como sistemas de armazenamento de energia e mobilidade elétrica são considerados importantes impulsionadores de crescimento, apresentando perspectivas promissoras para a empresa nos próximos anos.

Com informações do Money Times.

Fonte por: Seu Dinheiro

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