O retorno sobre o patrimônio líquido superior ao do Itaú será o novo padrão para o BTG Pactual (BPAC11)? Executivo afirma
Renato Cohn acredita que o BTG Pactual (BPAC11) alcançará um nível de desempenho superior no segundo semestre.

Após surpreender o mercado com uma rentabilidade superior a 27% no segundo trimestre – acima, inclusive, de gigantes como o Itaú Unibanco, por exemplo –, a questão agora é se isso será o “novo normal” para o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) do BTG Pactual (BPAC11)?
De acordo com a perspectiva do diretor financeiro (CFO), Renato Cohn, o banco encontra-se “estruturalmente” em um nível de resultados mais favoráveis para o segundo semestre, considerando que o desempenho excepcional do segundo trimestre foi resultado de todas as cinco áreas de negócios.
O Corporate Lending, Wealth Management e Asset Management apresentaram crescimento estrutural e contínuo no trimestre. As divisões Investment Banking e Sales & Trading também obtiveram bons resultados, o que contribuiu para a performance robusta, conforme declarado pelo CFO.
O executivo afirmou, em coletiva de imprensa na terça-feira (12), que a equipe demonstra maior confiança em prover um suporte um pouco além das orientações iniciais apresentadas no ano anterior.
Ademais, considerando a ausência de ocorrências atípicas no período, o diretor acredita que a trajetória de crescimento do banco se manterá nos próximos trimestres.
Não houve nada recorrente. Obtivemos bons resultados em todas as áreas, porém não ocorreu nenhum evento relevante que gerasse resultados não recorrentes, afirmou Cohn.
O que esperar da rentabilidade e dos dividendos do BTG Pactual (BPAC11)
Apesar da volatilidade característica, o diretor do BTG afirmou que, com um desempenho mais “conservador” nessas áreas, o banco se mostra mais seguro em superar as metas estabelecidas.
A orientação inicial para 2025 previa um ROE superior ao resultado do ano anterior, em 23,1%. O banco agora projeta um patamar acima de 24%.
Apesar dos sucessivos altos lucros, o gestor informou que não há planos de alterar a distribuição de dividendos.
A política de dividendos do BTG Pactual atualmente distribui aproximadamente 25% a 30% do lucro, resultando em um acúmulo entre 70% e 75% do capital.
Necessitamos desse capital para manter o ritmo de crescimento que temos apresentado. Estimamos uma capacidade de crescimento de crédito em torno de 20% ao ano e acreditamos que conseguiremos atender a essa demanda pelo próximo ano e em prazos mais longos.
Expansão internacional na América Latina
Cohn também detalhou a estratégia de internacionalização do BTG Pactual (BPAC11).
O executivo informa que o banco tem ampliado sua atuação em âmbito internacional para atender clientes da América Latina, por meio de aquisições em Luxemburgo e outra em andamento nos Estados Unidos.
O BTG já está presente na América Latina, no Chile, Colômbia, Peru e México, e recentemente anunciou a aquisição da operação do HSBC no Uruguai.
Observamos com bons olhos as possíveis novas expansões, e a América Latina faz parte, sim, da nossa estratégia de investimento. No entanto, atualmente não temos grandes novidades. Trata-se de um processo um pouco mais demorado, mas estamos aumentando, de certa forma, nossa presença em diferentes geografias da América Latina.
Cohn respondeu sobre o México e a Argentina, declarando que a instituição “sempre avalia positivamente uma possível expansão” nesses mercados, considerando sua relevância e proximidade, embora não tenha identificado o “melhor caminho” para aumentar consideravelmente sua presença ou obter licença bancária.
Fonte por: Seu Dinheiro