Odete Roitman revive na TV e briga por seguro de vida choca teledramaturgia

A icônica morte de Odete Roitman, marco da teledramaturgia, retorna à TV nesta segunda-feira (6): o que aconteceria se tivesse seguro de vida?

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(Imagem de reprodução da internet).

O Mistério Continua: O Seguro de Vida de Odete Roitman em “Vale Tudo”

O Brasil se prepara para reviver o icônico caso de Odete Roitman, que paralisou o país em 1989. A nova versão de “Vale Tudo”, em 2025, promete um desfecho diferente para o destino da empresária, interpretada por Débora Bloch.

O Enredo e os Personagens Chave

Na trama, o mistério em torno da morte de Odete Roitman se concentra em apenas cinco personagens. A equipe da novela gravou dez finais distintos para manter o suspense até o último capítulo.

A Surpreendente Revelação Jurídica

A trama explora a possibilidade de o assassino de Odete Roitman ter direito ao seguro de vida deixado pela vítima. A resposta, surpreendentemente, é negativa, mas o “porquê” dessa decisão é mais complexo e intrigante.

A Intersecção entre Ficção e Direito

A história ilustra como o Código Civil brasileiro se aplica a situações fictícias. A morte por homicídio pode ser coberta por seguros de vida, desde que o beneficiário não esteja envolvido no crime. A lei impede que alguém lucre com o próprio delito.

O Impacto na Trama de “Vale Tudo”

Se o assassino de Odete estivesse listado como beneficiário, o caso seria retirado do roteiro e levado diretamente para o tribunal. A seguradora, com base em cláusulas como “ato intencional do beneficiário” e “má-fé contratual”, negaria o pagamento, gerando uma nova novela para acompanhar: “Vale Tudo – O Julgamento”.

A Cena do Crime e a Apólice de Seguro

A trama imagina a cena: o corpo ainda quente, a imprensa na porta do prédio, e o advogado da família abrindo a pasta com a apólice. Entre as linhas miúdas, surge o nome do beneficiário – o mesmo que acabou de apertar o gatilho.

As Consequências Jurídicas

Imediatamente, haveria contestação judicial, envolvendo a seguradora, a família e o Ministério Público, disputando a titularidade do benefício. A indenização seria suspensa até que a autoria fosse confirmada. Se comprovada a culpa, o assassino seria cortado da lista de beneficiários.

O Seguro de uma Vilã

Considerando que Odete Roitman era fria, poderosa e rica, é razoável supor que possuía uma apólice generosa. O “herdeiro” assassino poderia tentar argumentar que o crime foi “passional”, “sem intenção de lucro” ou “por amor”. No entanto, o artigo 1.814 do Código Civil é claro: “São excluídos da sucessão os herdeiros que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso contra o autor da herança”.

O Desfecho Improvável

Em um cenário real, o final seria menos cinematográfico, mas igualmente revelador: o assassino de Odete Roitman ficaria sem o dinheiro, o processo se arrastaria por anos e a seguradora provavelmente sairia vitoriosa.

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