Oi entra em estado falimentar; ações caem na bolsa de valores

Oi entra em estado falimentar: ações caem 14,9% na bolsa. Justiça declara insolvência da empresa, com passivo de R$ 1,7 bilhão e 4.600 contratos ativos

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(Imagem de reprodução da internet).

Oi Encontra Estado Falimentar, Ações Desabam na Bolsa

Em meados de outubro, a Oi (OIBR3) viu a palavra “falência” ganhar destaque nas notícias, após a justiça identificar sinais preocupantes em sua situação financeira, já em recuperação judicial pela segunda vez. Inicialmente, persistia alguma expectativa de que a empresa pudesse superar sua crise, mas agora essa perspectiva parece ter se dissipado.

A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro declarou a Oi em “estado falimentar”, indicando a ausência de condições para cumprir o plano de recuperação judicial ou honrar compromissos com credores e fornecedores. As ações da empresa sofreram uma queda de 14,9% na bolsa de valores, sendo negociadas a R$ 0,24 por volta das 12h15.

Segundo a avaliação da gestão judicial, que acompanha o processo de recuperação da tele, a Oi enfrenta uma “situação financeira e operacional irreversível”, com receitas mensais insuficientes para cobrir as despesas essenciais. A margem bruta, já negativa desde janeiro de 2025, despencou de -10% para -135%, refletindo o colapso das finanças da operadora.

O parecer judicial ressalta que o plano de recuperação judicial foi descumprido e que o passivo extraconcursal, composto por dívidas contraídas após o início da recuperação, alcança aproximadamente R$ 1,7 bilhão, envolvendo fornecedores, litígios e a crescente desconfiança do mercado, dificultando qualquer tentativa de reerguimento da empresa.

Apesar de reconhecer a situação de insolvência, a gestão judicial defende que a decretação de falência deve ser acompanhada da continuidade provisória das atividades da Oi, visando evitar prejuízos na prestação de serviços públicos e privados considerados essenciais.

A Oi mantém atualmente mais de 4.600 contratos com órgãos públicos e cerca de 10.000 contratos privados ativos, incluindo a conectividade de 13.000 lotéricas da Caixa Econômica Federal, redes de comunicação do Comando da Aeronáutica e serviços de emergência.

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