Oi (OIBR3) enfrenta dificuldades e tem pouca vida, aponta especialista em recuperação judicial
7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro avalia mudanças na Oi em plano de recuperação.

Recuperação Judicial da Oi
A operadora de telefonia Oi (OIBR3) enfrenta um cenário delicado em sua segunda recuperação judicial , com sinais de instabilidade financeira. Advogados do escritório Pinto Machado Advogados atuam como observadores do processo, analisando a viabilidade da empresa.
Análise Financeira da Oi
Segundo os especialistas, a Oi não consegue gerar recursos suficientes para cobrir suas despesas. O montante de R$ 936,2 milhões em caixa, atualmente, garante apenas nove meses de operação, caso não haja uma mudança no quadro financeiro da empresa.
A situação se agrava com o esgotamento das opções de tratamento, tornando a venda de ativos a principal via para obter liquidez. O pedido de alteração no plano de recuperação judicial, apresentado em julho, não se mostra suficiente para atender às necessidades da companhia.
Proposta de Alterações no Plano de Recuperação
A Oi propôs aos credores diversas mudanças para reestruturar o plano de recuperação judicial. Essas incluem ajustes nas condições de pagamento, adequação do fluxo de caixa, redução do passivo e a venda de ativos, além de uma reestruturação profunda da estratégia da empresa.
Para os credores trabalhistas e quirografários, a proposta contempla pagamento à vista com limite global de R$ 30 milhões ou parcelamento em até três anos, com limite de 150 salários mínimos. Para os credores da Classe III, os pagamentos podem se estender até 2038, vinculados à venda de imóveis.
Novas Estratégias e Desafios
A Oi busca focar em serviços corporativos e soluções de tecnologia da informação, visando preservar cerca de 22 mil empregos. A empresa também propõe a criação de um veículo societário para administrar e vender mais de 7 mil imóveis avaliados em R$ 4 bilhões, oferecendo cotas como forma de pagamento aos credores.
Apesar das medidas, a situação financeira da Oi permanece crítica. No segundo trimestre de 2025, a empresa registrou um prejuízo de R$ 835 milhões e um aumento de 50,9% na dívida líquida, atingindo R$ 10 bilhões. A empresa reconhece que as chances de superar a insolvência, iniciada em 2016, diminuem com o cenário atual.