Oi (OIBR3): Falência Evitada por Decisão Judicial e Legado Complexo

Oi (OIBR3): Uma Queda de Valor e um Legado Complexo

A Oi (OIBR3) protagonizou um dos maiores declínios de valor na bolsa de valores de 2025, encerrando o ano com uma queda expressiva de 87,3%, fechando a R$ 0,17. Essa performance alarmante reflete uma trajetória marcada por desafios complexos e uma série de eventos que culminaram em uma situação de crise.

A empresa, outrora conhecida como “supertele”, enfrentou uma melhora de valorização, mas não conseguiu se manter no mercado.

A Crise da Oi: Um Roteiro de Erros

A empresa passou por uma série de problemas desde janeiro de 2025, incluindo a remoção da diretoria e a declaração de falência. A situação da Oi foi agravada por uma série de decisões técnicas e estratégicas que comprometeram sua competitividade.

Um dos principais erros foi a aposta na tecnologia WLL, que se mostrou obsoleta diante da expansão da internet e da necessidade de investir em redes cabeadas.

Origens e Transformações da Oi

A história da Oi remonta a 1998, quando a Telemar, que se tornaria a Oi, foi adquirida por um consórcio liderado pelo Grupo Andrade Gutierrez. A empresa foi financiada por recursos do BNDES e fundos de pensão, como Previ, Funcef e Petros. A marca Oi surgiu em 2002, após a decisão da Telemar de entrar no mercado de telefonia móvel.

A empresa se tornou conhecida como “supertele” devido ao seu tamanho e alcance.

O Fim da Oi: Falência e Reversão

Em 2025, a Oi enfrentou uma crise que culminou na declaração de falência. A situação foi agravada por erros de gestão, decisões técnicas equivocadas e um endividamento elevado. No entanto, a empresa teve uma reviravolta quando a desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, suspendeu os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial.

O Legado da Oi: Lições para o Futuro

A história da Oi serve como um alerta sobre os riscos de decisões técnicas equivocadas, investimentos mal calculados e a importância de uma gestão eficiente. A empresa enfrentou desafios estruturais que comprometeram sua competitividade e sua capacidade de geração de caixa.

A trajetória da Oi é um exemplo de como erros podem ter consequências devastadoras para uma empresa e para seus acionistas.