Operação de compra do Banco Master pelo BRB pode não acontecer. Portal indica que o Banco Central deve autorizar a transação em breve
Acordo entre Master Bank e BRB avança no Banco Central, contudo, denúncias de irregularidades financeiras e processos judiciais colocam em risco a opera…
A operação de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) se aproxima de um momento decisivo. O Banco Central deve licenciar a transação até 20 de agosto, conforme apurado pela colunista Mariana Barbosa, do UOL. Entretanto, o Congresso Nacional do Distrito Federal ainda precisa dar sua autorização.
A Justiça do Distrito Federal determinou na última semana que um acordo final entre o Master e o BRB não poderia ser firmado sem a aprovação explícita dos legisladores do DF e dos acionistas do BRB.
O BRB é uma instituição financeira pública federal e o Governo do Distrito Federal é seu principal acionista, possuindo uma participação majoritária de 71,9% das ações.
Com isso, o governador Ibaneis Rocha se apressou em enviar um projeto de lei para a Câmara, que autoriza o BRB a adquirir participação em outras instituições financeiras. A expectativa é que a votação deste PL ocorra na terça-feira (19), abrindo caminho para a aprovação do BC.
Foi definida a parte do Banco Master que será do BRB.
Adicionalmente, as últimas negociações entre Master, BRB e BC estabeleceram os termos do acordo. O BRB pretende adquirir 58% do capital social do Master, compreendendo 49% das ações ordinárias e todas as preferenciais.
A operação, que inicialmente somava R$ 50 bilhões em ativos, excluindo R$ 23 bilhões considerados de baixa liquidez ou problemáticos, teve sua dinâmica alterada. O BRB agora detém R$ 25 bilhões em ativos, com R$ 48 bilhões fora do negócio.
De acordo com o UOL, a saída de Augusto Lima, ex- sócio do Master, e sua aquisição do Banco Voiter (agora Banco Pleno) foram cruciais para essa conclusão.
Dificuldades no percurso.
Ainda que a avaliação do Banco Central esteja iminente, o Banco Master enfrenta outros desafios.
Na última semana, o Estado noticiou que a JM Nascimento Construtora denuncia o Banco Master por falta de pagamento de valores milionários prestados em serviços de captação de clientes para crédito consignado.
A construtora alega que o Master diminuiu a comissão e condicionou o pagamento à conclusão da venda ao BRB. Os fornecedores também afirmam que o Master esconde passivos em seus balanços para aparentar maior solidez na transação com o banco estatal.
A JM Nascimento solicitou a suspensão das vendas e o afastamento dos administradores do Master. O Banco Master rejeita as alegações, considerando-as “maliciosas” e com “intenção de extorsão”.
A análise do Banco Central sobre a representação, protocolada em 22 de julho. Caso o BC decida abrir um processo por “gestão temerária”, a operação de venda pode ser interrompida e os envolvidos podem ser impedidos de atuar no sistema financeiro.
De acordo com informações do UOL.
Fonte por: Seu Dinheiro