Operação Narco Bet: Esquema bilionário entre apostas, cripto e tráfico

Operação Narco Bet expõe esquema criminoso que utilizava plataformas digitais para movimentar dinheiro ilícito.

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(Imagem de reprodução da internet).

Operação Narco Bet Desvenda Esquema de Lavagem de Dinheiro Bilionário

A Polícia Federal anunciou nesta terça-feira (14) o rastreamento de mais de R$ 630 milhões, parte de um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro do país, revelado pela Operação Narco Bet. A ação é um desdobramento da Operação Narco Vela, que investigava o tráfico marítimo internacional de drogas, agora focada no braço financeiro do grupo criminoso.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Além disso, foram bloqueados bens e valores que somam mais de R$ 630 milhões, com o objetivo de descapitalizar a organização criminosa e garantir o ressarcimento de danos.

A operação contou com cooperação internacional da Polícia Criminal Federal da Alemanha (BKA), que executou um mandado de prisão contra um investigado localizado no exterior. Os investigados utilizavam estruturas empresariais ligadas ao mercado de apostas eletrônicas para dar aparência de legalidade às operações.

Entre os presos estão o influenciador Bruno “Buzeira” Alexssander Souza Silva e o empresário Rodrigo Morgado, conforme informações da CNN Brasil. Buzeira, com grande número de seguidores nas redes sociais, promoveu rifas e sorteios de luxo. Já Morgado é apontado como responsável pela estrutura empresarial utilizada para lavar o dinheiro do tráfico por meio de plataformas digitais.

Os bens agora estão bloqueados pela Justiça Federal, juntamente com contas bancárias e carteiras digitais associadas ao grupo. As defesas dos investigados ainda não foram divulgadas.

O esquema seguia um roteiro conhecido: a entrada do dinheiro do tráfico era convertida em depósitos pulverizados em contas de laranjas e empresas de fachada. Parte dos valores era movimentada em sites de apostas esportivas e exchanges de criptomoedas, enquanto outros eram utilizados em contratos de publicidade e compra de bens de luxo.

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