Oriente Médio se torna novo polo de Inteligência Artificial: alerta de especialistas

Oriente Médio Consolida-se como Centro de Inteligência Artificial

O Oriente Médio está ganhando destaque como um dos principais polos de desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) no mundo. A afirmação é de Ray Dalio, renomado investidor e fundador da Bridgewater Associates, que compara a ascensão da região ao impacto do Vale do Silício no setor de tecnologia.

Dalio observou: “Eles construíram pessoas talentosas. Esta [região] está se tornando uma espécie de Vale do Silício dos capitalistas. Agora, pessoas estão chegando… dinheiro está chegando, talento está chegando.” A análise reflete uma mudança significativa no cenário global da IA.

Essa tendência é sustentada por iniciativas governamentais. Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita lançaram, recentemente, projetos com investimentos de bilhões de dólares, visando a criação de infraestruturas de nuvem, data centers e outras tecnologias de IA.

O apoio é garantido por capital estatal e parcerias com empresas de tecnologia internacionais.

Um exemplo notável é o acordo entre o Google Cloud e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, que prevê a criação de um “polo global de IA” no país. O objetivo é estabelecer data centers e hospedar cargas de trabalho de IA localmente.

Ray Dalio expressou preocupações sobre a possibilidade de bolhas nos mercados, alertando investidores para não venderem prematuramente devido a avaliações elevadas. “Todas as bolhas ocorreram em tempos de grandes mudanças tecnológicas. Você não deve sair só por causa da bolha.

Você deve procurar o momento em que a bolha estoura.”

Preocupações com uma possível bolha no mercado de IA têm sido levantadas por outros especialistas, como Sam Altman, CEO da OpenAI. Michael Burry, que previu a crise do subprime em 2008, também alertou para um possível estouro do mercado de inteligência artificial nos próximos anos.

Segundo Dalio, um fator que poderia desencadear o estouro da bolha seria uma restrição no crédito ou a necessidade de venda de ativos para cumprir obrigações financeiras.