Pague Menos Surpreende Analistas com Lucros e Crescimento Acelerado

Analistas elogiam resultados da Pague Menos: Lucro sobe 36% e empresa define estratégias para o futuro. Instituições como Santander e BB Investimentos destacam o desempenho da rede de farmácias

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(Imagem de reprodução da internet).

Resultados do Terceiro Trimestre da Pague Menos Agradam Analistas

A Pague Menos (PGMN3) tem atraído cada vez mais o interesse do mercado, com os resultados do terceiro trimestre deste ano gerando uma reação positiva por parte dos analistas. Instituições como o Santander e o BB Investimentos elogiaram o desempenho da rede de farmácias, que apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 53,9 milhões, com uma margem de 1,9%.

O Ebitda ajustado subiu para R$ 190,7 milhões, um aumento de 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando as expectativas do Santander.

Crescimento nas Lojas Existentes e Vendas Mensais

Um indicador importante para o varejo farmacêutico é o crescimento nas mesmas lojas (SSS), que no caso da Pague Menos, atingiu 17,6%. Essa métrica demonstra o crescimento orgânico e sustentável das vendas nas lojas existentes, sem depender da abertura de novas unidades.

O faturamento médio mensal das lojas da rede foi de R$ 831 mil, e o CFO e diretor de Relações com Investidores (RI) da Pague Menos, Luiz Novais, expressou otimismo, afirmando que “há espaço para muito mais” nesse quesito.

Estratégias da Pague Menos para o Futuro

A Pague Menos tem delineado algumas estratégias para impulsionar seu crescimento. Uma delas é o avanço na marca própria, que atualmente representa cerca de 6,2% das vendas totais da empresa. O diretor financeiro, Luiz Novais, acredita que há potencial para expandir essa participação, destacando a qualidade e os preços acessíveis dos produtos da marca própria.

Além disso, a empresa está implementando uma nova estratégia de precificação, com o objetivo de aumentar a eficiência e otimizar as margens de lucro.

Digitalização, Crescimento em Produtos de Higiene e Bem-Estar

A digitalização também tem sido um fator de crescimento importante para a Pague Menos, com uma participação de quase 20% nas vendas. Esse aumento de 4,5 pontos percentuais (p.p.) demonstra o sucesso da empresa em adaptar-se às novas tendências do mercado.

Luiz Novais ressaltou que há espaço para continuar crescendo nesse canal, mencionando que alguns players do setor já atingem mais de 25% de participação. A empresa também tem se concentrado no aumento das vendas na categoria de produtos de higiene pessoal e beleza, que apresentou um crescimento anual de 11%, um resultado positivo considerando a alta competitividade desse segmento.

Desafios e Ajustes da Pague Menos

Apesar dos bons resultados, a Pague Menos enfrentou alguns desafios no terceiro trimestre. O fluxo de caixa operacional caiu de R$ 305,2 milhões para cerca de R$ 49 milhões, devido a condições menos favoráveis nos genéricos dentro do programa Farmácia Popular e nos produtos para emagrecimento (GLP-1).

Para superar esse problema, a empresa implementou medidas como a redução do limite máximo de meses para o parcelamento de medicamentos de Semaglutida e a implementação de novos acordos comerciais com a indústria farmacêutica. Além disso, a empresa está buscando reduzir despesas e otimizar a negociação com fornecedores.

Endividamento e Perspectivas Futuras

O endividamento da Pague Menos também é uma questão de atenção para o mercado. A rede encerrou o trimestre com uma alavancagem de 2,5 vezes dívida líquida sobre Ebitda, uma melhora em relação ao mesmo período do ano anterior. Luiz Novais enfatizou que a empresa tem como objetivo reduzir o endividamento no curto prazo, com uma meta de estar abaixo de 2 vezes dívida líquida sobre Ebitda no final de 2026.

A empresa planeja manter um ritmo moderado de expansão, com a abertura de 50 lojas até o final deste ano e um número semelhante em 2026, acelerando o crescimento a partir de 2027, quando o endividamento estiver mais controlado.

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