Panamá lidera em agilidade na abertura de empresas na América Latina, revela estudo

Panamá lidera em agilidade na formalização de empresas na América Latina, com processo que dura cerca de 284 horas. Chile é o país mais burocrático da região.

05/11/2025 15:51

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(Imagem de reprodução da internet).

O processo de formalização de empresas na América Latina continua sendo um desafio que demanda paciência. A complexidade envolve diversas etapas, como idas e vindas a cartórios, obtenção de certidões e registros, o que frequentemente leva meses para ser concluído em boa parte dos países da região.

Um estudo realizado pela Florida International University, através do Adam Smith Center for Economic Freedom, analisou 21 países, incluindo 16 da América Latina, considerando o tempo e o custo necessários para abrir e manter uma empresa de médio porte.

Países com Processos Mais Ágeis

O país que se destaca nesse cenário é o Panamá, que apresenta o menor tempo médio de abertura de empresas na América Latina. O processo leva aproximadamente 284 horas, o que equivale a pouco mais de um mês, e o custo é de cerca de US$ 400, ou R$ 2.160 na cotação atual.

Essa análise considera empresas de médio porte, com entre 50 e 250 funcionários e um faturamento anual entre US$ 100.000 e US$ 3 milhões.

Desafios Persistem

Embora o Brasil se posicione na ponta positiva da lista, com um tempo de abertura de empresas menor em comparação com outros países da região, ainda existem desafios significativos após a abertura do negócio. Segundo o relatório, as empresas gastam, em média, mais de mil horas por ano apenas para cumprir obrigações tributárias e trabalhistas.

Apesar de ser um número inferior ao de países como Chile e Argentina, essa carga ainda é elevada.

Eficiência em Diferentes Setores

A agilidade na abertura de empresas no Brasil se observa em diversos setores da economia. Medidas recentes, como a digitalização de processos, a unificação de cadastros e a Lei da Liberdade Econômica, contribuíram para reduzir a necessidade de autorizações prévias para atividades de baixo risco.

Apesar de não eliminar a complexidade do sistema tributário, essas mudanças já ajudaram a agilizar o processo. O empreendedor brasileiro ainda enfrenta uma maratona de formulários, mas está à frente de seus vizinhos na América Latina.

Chile: O País Mais Burocrático

Em contraste, o Chile apresenta a maior burocracia para se empreender na América Latina. Abrir uma empresa no Chile exige cerca de 5.227 horas de trabalho administrativo, o que equivale a mais de dois anos em dias úteis. A média dos países analisados é de 1.850 horas.

Após a abertura, a disparidade aumenta, com empreendedores chilenos gastando aproximadamente 5.860 horas por ano, quase quatro vezes mais que a média.

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