Pelúcias Personalizadas Envolvidas em Esquema de Lavagem de Dinheiro do PCC
Uma operação da Polícia Civil, da Secretaria de Estado da Fazenda e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desarticulou uma rede de lavagem de dinheiro utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, denominada “Plush”, investiga o uso de lojas de brinquedos infantis, especialmente aquelas especializadas em pelúcias personalizáveis, para “limpar” o dinheiro obtido por meio de atividades ilícitas do crime organizado.
O Esquema de Lavagem de Dinheiro
O esquema funcionava sob o disfarce do comércio de brinquedos, mas o objetivo real era lavar o dinheiro sujo do PCC. Lojas da franquia Criamigos, presentes em shoppings de grande movimento em São Paulo e arredores, foram identificadas como pontos de lavagem. A compra de um ursinho de pelúcia da marca, com acessórios como tiara de brilhos e skate cor-de-rosa, poderia custar R$ 689.
Os Shoppings Alvo da Operação
A operação focou em unidades da franquia Criamigos nos seguintes shoppings: Mooca Plaza Shopping, Shopping Center Norte, Shopping Internacional (Guarulhos) e Shopping ABC (Santo André).
A Criamigos e o Seu Dinheiro
A Criamigos, franqueadora da marca, afirmou ter sido pega de surpresa pela operação e negar qualquer envolvimento. A empresa iniciou uma sindicância interna para apurar os fatos e se colocou à disposição das autoridades. A empresa enfatizou seu compromisso com a transparência e a integridade da marca.
Como o Esquema Funcionava?
Investigações revelaram que a ex-companheira de Cláudio Marcos de Almeida, o “Django”, e sua irmã utilizaram recursos suspeitos para abrir as lojas da franquia. As mulheres não possuíam ocupação lícita declarada, mas realizaram investimentos elevados sem justificativa clara, o que levantou suspeitas. “Django” era um nome de destaque no tráfico de drogas ligado ao PCC, até ser assassinado em janeiro de 2022.
Os materiais apreendidos serão analisados pelo Gaeco para dar continuidade às investigações e descobrir o alcance do esquema.
Conclusão
A operação “Plush” demonstra como o crime organizado pode utilizar atividades aparentemente inofensivas, como a venda de pelúcias personalizadas, para lavar dinheiro e financiar suas operações. A investigação em andamento busca desmantelar a rede e responsabilizar os envolvidos.