Petistas atacam Congresso e Centrão após veto da MP do IOF. Críticas à Câmara e super-ricos
Aliados de Lula criticam decisão da Câmara de Deputados, que vetou medida provisória, alegando que atrai os “super-ricos” e ignora o povo.
Derrubada da MP do IOF: Reações e Implicações
A recente derrubada da Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, proposta pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visava alterar a tributação sobre operações financeiras (IOF), gerou forte reação entre petistas nas redes sociais. A MP, apresentada como alternativa ao aumento do IOF, perdeu validade após a Câmara dos Deputados votar sua retirada da pauta na quarta-feira, 8 de outubro de 2025.
Reações de Petistas e Implicações Financeiras
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), expressou sua insatisfação no X (Twitter), afirmando que a “pequena parcela muito rica do país não admite que seus privilégios sejam tocados”. Com a derrubada da MP, o governo deixará de arrecadar R$ 31,4 bilhões em 2025 e 2026, o que representa um desafio para lidar com o rombo orçamentário previsto para o fim do mandato de Lula.
Críticas e Argumentos da Oposição
O presidente Lula defendeu que a votação contra a MP impede o equilíbrio das contas públicas e a correção de “injustiças tributárias”. Petistas argumentaram que o resultado representa uma derrota para o povo brasileiro. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou o Congresso, classificando-o como “inimigo do povo”, em aliança com o Centrão e o bolsonarismo. O líder do PT na Câmara, publicou um vídeo expressando a oposição querendo atrapalhar o governo, mas que na verdade está “atrapalhando o povo brasileiro”.
Propostas e Alterações na MP
A MP original previa um aumento de R$ 12 bilhões em 2025 e R$ 31,2 bilhões em 2026, com base na taxação das casas de apostas e no aumento da carga tributária sobre investimentos de renda fixa (LCI e LCA) e JCP. No entanto, após a derrubada, a proposta foi desidratada. A LCI e LCA foram totalmente isentas, a carga tributária sobre as casas de apostas foi mantida, mas sem o aumento proposto, e a alíquota do JCP foi reduzida para 18%. Além disso, uma alíquota de 15% foi definida para fintechs.