Petrobras avalia assumir Braskem: Magda Chambriard comenta sobre a operação
Petrobras avalia assumir Braskem (BRKM5) após declaração de Magda Chambriard na Firjan. Estado busca sinergias e controle operacional na petroquímica.
A Petrobras (PETR4) está avaliando a possibilidade de assumir a operação da Braskem (BRKM5), conforme declarado pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante um evento na Firjan, no Rio de Janeiro. A executiva afirmou que as discussões sobre o tema ainda estão em aberto, classificando qualquer declaração como especulação.
A avaliação reflete o interesse da Petrobras em otimizar sinergias entre suas atividades petroleiras e a operação da petroquímica.
Participação das Ações e Negociações
Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto e 38,3% do total de papéis da Braskem. A Petrobras possui 47% das ações votantes e 36,1% do total de ações. O restante das ações está disperso. A IG4 Capital representa os bancos credores da Novonor – Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES – que possuem ações BRKM5 como garantia de empréstimos concedidos à petroquímica.
Plano de Transferência de Ações e Acordo com a Petrobras
Inicialmente, planejava-se que Novonor e IG4 Capital assinassem um acordo de transferência das ações da Braskem na próxima semana. Além disso, um acordo de acionistas entre IG4 e Petrobras estava sendo considerado, que ampliaria os poderes da estatal, incluindo o controle operacional da companhia.
Transição Energética e Retorno aos Fertilizantes
Magda Chambriard também destacou que o Conselho de Administração da Petrobras aprovará até o final do ano um projeto de transição energética, que não se configura como “greenwashing” (sem impacto efetivo). O Plano de Negócios 2026-2030 da empresa se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero.
Investimento em Fertilizantes
A Petrobras também está se preparando para reiniciar a produção de fertilizantes nas fábricas do Nordeste, com previsão de início até janeiro. O diretor-executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, informou que a estatal pretende atender em 2026 cerca de 20% do mercado brasileiro de fertilizante nitrogenado.
Até o fim da década, o país deve produzir cerca de 40% da demanda interna de ureia, atualmente quase totalmente importada, em resposta à demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Autor(a):
Redação
Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real