Petrobras avalia assumir Braskem: Magda Chambriard comenta sobre a operação

Petrobras avalia assumir Braskem (BRKM5) após declaração de Magda Chambriard na Firjan. Estado busca sinergias e controle operacional na petroquímica.

06/12/2025 9:26

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(Imagem de reprodução da internet).

A Petrobras (PETR4) está avaliando a possibilidade de assumir a operação da Braskem (BRKM5), conforme declarado pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante um evento na Firjan, no Rio de Janeiro. A executiva afirmou que as discussões sobre o tema ainda estão em aberto, classificando qualquer declaração como especulação.

A avaliação reflete o interesse da Petrobras em otimizar sinergias entre suas atividades petroleiras e a operação da petroquímica.

Participação das Ações e Negociações

Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto e 38,3% do total de papéis da Braskem. A Petrobras possui 47% das ações votantes e 36,1% do total de ações. O restante das ações está disperso. A IG4 Capital representa os bancos credores da Novonor – Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES – que possuem ações BRKM5 como garantia de empréstimos concedidos à petroquímica.

Plano de Transferência de Ações e Acordo com a Petrobras

Inicialmente, planejava-se que Novonor e IG4 Capital assinassem um acordo de transferência das ações da Braskem na próxima semana. Além disso, um acordo de acionistas entre IG4 e Petrobras estava sendo considerado, que ampliaria os poderes da estatal, incluindo o controle operacional da companhia.

Transição Energética e Retorno aos Fertilizantes

Magda Chambriard também destacou que o Conselho de Administração da Petrobras aprovará até o final do ano um projeto de transição energética, que não se configura como “greenwashing” (sem impacto efetivo). O Plano de Negócios 2026-2030 da empresa se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero.

Investimento em Fertilizantes

A Petrobras também está se preparando para reiniciar a produção de fertilizantes nas fábricas do Nordeste, com previsão de início até janeiro. O diretor-executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, informou que a estatal pretende atender em 2026 cerca de 20% do mercado brasileiro de fertilizante nitrogenado.

Até o fim da década, o país deve produzir cerca de 40% da demanda interna de ureia, atualmente quase totalmente importada, em resposta à demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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