Petrobras, Braskem e fundo Shine negociam venda de participação com R$ 20 bilhões

A Petrobras (PETR4) está acompanhando de perto os novos desdobramentos envolvendo o futuro da Braskem (BRKM5). A situação ganhou novos atores, com a Novonor (ex-Odebrecht) buscando sair da empresa e o fundo Shine, administrado pela IG4, assumindo um papel central nas negociações.

A estatal comunicou que a IG4 submeteu a operação de venda da participação da Novonor ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), abrindo caminho para a conclusão da transação.

Direitos da Petrobras

A Petrobras ressaltou que o andamento das negociações não altera seus direitos. A empresa continuará monitorando a operação, avaliando os efeitos e, se necessário, decidirá sobre o exercício de seus direitos de preferência e tag along, conforme estabelecido no acordo de acionistas vigente.

Esses direitos garantem a Petrobras uma posição de destaque em caso de mudanças significativas na estrutura acionária da Braskem.

Participação das Empresas Envolvidas

Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto da Braskem e 38,3% do total de ações. A Petrobras possui 47% das ações votantes e 36,1% do total de papéis. A transação envolve a transferência da participação da Novonor para o fundo Shine, administrado pela IG4, que passará a deter 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da petroquímica.

Operação e Finanças

A operação envolve um montante de aproximadamente R$ 20 bilhões em dívida e não deve impactar as operações da Braskem de imediato. A IG4 representa os bancos credores da companhia – Itaú, Bradesco, Santander, BB e BNDES –, que possuem ações BRKM5 como garantia de empréstimos feitos à petroquímica.

A Novonor manterá 4% da Braskem após a conclusão da transação.