Petrobras: Dividendos Bilionários e Perspectivas Promissoras para 2026
Petrobras divulga resultados promissores com potencial de dividendos bilionários. A estatal apresenta aumento na produção e projeções positivas, impulsionadas pelo mercado e revisões otimistas
Petrobras: Dividendos Bilionários e Perspectivas Futuras
Em um cenário onde a imagem nas redes sociais é crucial, a Petrobras (PETR4) conseguiu um resultado que pavimenta o caminho para resultados financeiros sólidos e a promessa de dividendos bilionários para seus acionistas. No entanto, a história da estatal ainda não está completa, e os investidores terão uma nova fotografia no balanço de julho a setembro, divulgado nesta quinta-feira (6).
As projeções da Bloomberg indicam um aumento na receita líquida e no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em comparação com o mesmo período do ano anterior, embora menores do que os registrados no ano anterior, devido à volatilidade do Brent, que estava cotado acima de US$ 80 no período.
Produção em Ascensão e Impacto Financeiro
O terceiro trimestre da Petrobras apresentou um aumento de 17,3% na produção em base anual, alcançando uma média diária de 3,144 milhões de barris por dia (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural). Esse avanço representa um crescimento de 7,7% em relação ao segundo trimestre.
A produção de petróleo avançou 18,4% na comparação ano a ano, atingindo 2,520 milhões de barris por dia (bpd), com um aumento de 8% em relação ao trimestre até junho. Segundo o Santander, o aumento da produção de petróleo, das exportações de petróleo bruto e do crescimento nas vendas de produtos petrolíferos com spreads de crack — diferença entre o preço do petróleo bruto e o preço dos produtos refinados — estáveis, devem apoiar o resultado financeiro do terceiro trimestre.
Projeções e Expectativas dos Bancos
As projeções variam entre os bancos. A Bloomberg estima um lucro líquido de US$ 18,396 bilhões, uma variação anual de -43,5% e uma variação trimestral de -26,5%. A receita projetada é de US$ 122,399 bilhões, com uma variação anual de +8,8% e uma variação trimestral de +2,75%.
O Ebitda é estimado em US$ 59,789 bilhões, com uma variação anual de -6,1% e uma variação trimestral de +14,4%. A XP Investimentos estima um montante semelhante de remuneração aos acionistas, com Ebitda de US$ 11,4 bilhões, aumento de 11,7% na base trimestral, e lucro líquido de US$ 4,4 bilhões, retração de 7,2% na base sequencial.
O Safra projeta US$ 1,6 bilhão (R$ 8,5 bilhões, no câmbio atual) em proventos — um yield de 2,3% — apesar de prever um Ebitda de US$ 11,6 bilhões.
Perspectivas Futuras e Desafios
A produção de óleo no Brasil deve começar a cair a partir da próxima década devido ao declínio natural dos campos, principalmente no pré-sal. Essa redução acontece porque, à medida que a quantidade de óleo nos reservatórios diminui, a produção começa a conter cada vez mais quantidades de água e sedimentos, o que reduz a produtividade.
No entanto, o JP Morgan fez um estudo recente indicando que o mercado pode estar superestimando esse declínio no caso do pré-sal. A equipe do banco revisou para cima as perspectivas para a produção da Petrobras, que agora superam o próprio guidance da estatal: 176 mil barris por dia (Kbpd) adicionais em 2026, 106 Kbpd em 2027 e 312 Kpbd em 2028. “Ao que tudo indica, boa parte do mercado pode estar subestimando a capacidade de produção da Petrobras, e a ótima prévia operacional combinada com mais alguns trimestres de produção elevada podem fazer a própria companhia revisar para cima suas perspectivas de produção e, consequentemente, de dividendos”, diz Ruy Hungria, analista da Empiricus Research.
Recomendações dos Bancos e Perspectivas de Investimento
As recomendações dos bancos variam. O Santander manteve a recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 40, e espera mais detalhes para avaliar a geração de caixa e a estrutura de capital para 2026-27. No ano, as ações PETR3 acumulam queda de cerca de 14%, enquanto PETR4 perde 10% no período.
O BTG, que estima que o Ebitda da Petrobras no terceiro trimestre deve ser de US$ 11,5 bilhões, tem recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de US$ 15. Segundo Hungria, da Empiricus, depois de alguns anos de resultados abaixo das expectativas, a Vale vem demonstrando ótima evolução nos últimos trimestres, e aos poucos vem reconquistando a confiança do mercado. “Por apenas 4x o Ebitda esperado para 2026, Vale segue na carteira da série Vacas Leiteiras da Empiricus Research”, disse o analista.
O BB Investimentos, por sua vez, manteve o preço-alvo em R$ 45 para 2026. A expectativa de um Brent mais fraco no curto/médio prazo mantém o banco cauteloso com o setor, o que justifica a manutenção da recomendação em neutra.
Autor(a):
Redação
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