Petrobras Apresenta Plano Estratégico 2026-2030 e Expectativas Moderadas
A Petrobras (PETR4) divulgou seu plano estratégico para os próximos cinco anos, gerando reações cautelosas no mercado. A estatal apresentou uma estimativa de dividendos ordinários entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões para o período, mas descartou a possibilidade de dividendos extraordinários.
Essa decisão reflete a necessidade de garantir um fluxo de caixa operacional robusto e neutro em relação à dívida, fatores que dependem de variáveis como o preço do petróleo e a produção.
O diretor financeiro da empresa, Fernando Melgarejo, explicou que o plano estratégico reduziu a referência de preço do petróleo, o Brent, de US$ 80 para US$ 59 em 2026. A empresa também prevê um Brent de US$ 63 o barril em 2026, contra US$ 77 no plano anterior. Essa mudança reflete a incerteza do mercado e a necessidade de priorizar investimentos que gerem valor de forma imediata ou a longo prazo.
Investimentos e Priorização de Projetos
O plano estratégico prevê investimentos de US$ 109 bilhões para os próximos cinco anos, representando cerca de 5% do total de investimentos no país. A empresa revisou projetos e simplificou operações, estimando uma economia de US$ 12 bilhões até 2030, o que representa uma redução de 8,5% em relação ao plano anterior. A gestão da estatal está focada em segmentar os investimentos, priorizando aqueles que geram valor de forma mais rápida e adaptando a carteira de projetos ao cenário atual de preços mais baixos.
Crescimento da Produção e Política de Dividendos
A Petrobras também destacou o crescimento da produção, que aumentou 11% no último ano, impulsionado pelo pré-sal e pelo sistema Almirante Tamandaré. A empresa projeta encerrar 2025 com 2,4 milhões de barris por dia (bpd), um avanço de 11%. Apesar da incerteza nas projeções, a empresa reafirma seu compromisso com a política de dividendos, o controle do endividamento e o foco na elevação da produção até 2027.
Conclusão
O plano estratégico da Petrobras para 2026-2030 demonstra uma abordagem cautelosa e adaptada às condições atuais do mercado. A empresa prioriza a sustentabilidade financeira, o controle de custos e o crescimento da produção, buscando equilibrar as expectativas dos acionistas com a necessidade de responsabilidade fiscal.