Novo Plano Estratégico da Petrobras: Um Olhar para 2026-2030
O Brasil aguarda há mais de um mês uma resposta: quem matou Odete Roitman? Agora, o mercado financeiro está focado em outro enigma: como será o plano estratégico da Petrobras (PETR4) para os anos de 2026 a 2030, que será divulgado nesta quinta-feira (27).
Assim como a autora Manuela Dias se preocupou em evitar vazamentos, como no livro “Vale Tudo”, a Petrobras também se esforça para não antecipar os números, mas o “Seu Dinheiro” investigou para entender o que está por vir, especialmente considerando o ano eleitoral.
O Plano Estratégico e seus Objetivos
O novo plano estratégico da Petrobras é crucial, pois definirá o direcionamento da estatal para os próximos cinco anos. Ele contemplará o nível de investimento e os setores prioritários, dados que analistas usam para avaliar as perspectivas de pagamento de dividendos aos acionistas.
Cálculos feitos pelo “Seu Dinheiro” mostram que os investimentos da Petrobras – o chamado “capex” – devem ser de US$ 5 bilhões a US$ 8 bilhões menores do que o plano de 2025 a 2029.
Impacto do Preço do Petróleo
Uma das principais razões para a redução esperada nos investimentos é a queda no preço do petróleo. O barril do Brent, referência internacional, estava na casa dos US$ 80 no último plano da estatal e agora ronda os US$ 65. As previsões indicam que o preço cairá drasticamente, de US$ 83 em 2025 para cerca de US$ 60 em 2026 e para a faixa de US$ 60 a US$ 65 em 2026, ante US$ 68 anteriormente.
Dívida e Dividendos: Foco da Atenção
Além do “capex”, o endividamento da Petrobras também é um ponto de atenção. O diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, afirmou que o plano de negócios não deve trazer mudanças na distribuição de dividendos nem no teto da dívida, que atualmente é de US$ 75 bilhões (já quase atingido).
Apesar disso, a companhia tem cautela com a produção, devido ao preço do Brent. O limite da dívida foi quase atingido com as últimas emissões.
Cautela e Possíveis Reviravoltas
A Petrobras dará prioridade à produção, com cautela em relação ao opex (despesas operacionais) e ao “capex”. Para 2026, a companhia tem pouca flexibilidade. No entanto, a diretora de engenharia, tecnologia e inovação, Renata Baruzzi, e o CFO, Fernando Melgarejo, enfatizam que projetos com baixo retorno estão sendo avaliados. “Para 2026 temos pouca flexibilidade de capex”, afirmou Melgarejo. “Para o longo prazo, podemos postergar o que não foi contratado.”
O Ano Eleitoral e o Impasse
A transição energética será um foco, mas a Petrobras não alterará a política de dividendos no novo planejamento estratégico. O CFO da companhia, Fernando Melgarejo, afirmou que o momento é de prudência tanto na distribuição de proventos quanto em operações de fusões e aquisições (M&A). “A palavra para dividendos, fusões e aquisições é cautela.
Não temos nenhuma discussão em curso sobre mudança de política. Entendemos que ela é sustentável”, afirmou o executivo. Existe o risco de o governo aumentar o capex em ano de eleição.
Projeções e Análises
O Itaú BBA classifica a redução nos investimentos em 2026 como um ponto central para a Petrobras. A transição energética será um foco, mas a Petrobras não alterará a política de dividendos no novo planejamento estratégico. O CFO da companhia, Fernando Melgarejo, afirmou que o momento é de prudência tanto na distribuição de proventos quanto em operações de fusões e aquisições (M&A). “A palavra para dividendos, fusões e aquisições é cautela.
Não temos nenhuma discussão em curso sobre mudança de política. Entendemos que ela é sustentável”, afirmou o executivo.
Conclusão
O novo plano estratégico da Petrobras pode enfrentar reviravoltas, especialmente considerando o ano eleitoral. A cautela e a análise cuidadosa dos riscos são essenciais para o futuro da estatal.
