Petrobras obterá autorização para explorar o “novo pré-sal”; Ibama aprova testes na Margem Equatorial

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, determina que a análise das atividades da Petrobras na área ocorra até o final de agosto.

14/08/2025 13:42

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No calendário da Petrobras (PETR4), a última semana de agosto terá destaque com uma importante operação para a estatal. Isso porque o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concordou com uma “janela de realização” para a avaliação pré-operacional (APO) da exploração de petróleo na Margem Equatorial.

A avaliação será realizada na última semana deste mês, com duração estimada entre três e quatro dias, podendo variar de acordo com as condições das atividades planejadas, conforme divulgação do órgão ambiental.

A realização desse processo é uma etapa fundamental para que a companhia obtenha a autorização do Ibama para a exploração na área, que abrange o Rio Grande do Norte até o Amapá.

A APO irá avaliar a eficácia do Plano de Emergência Individual sugerido pela Petrobras, através de uma simulação de uma crise ambiental com vazamento de petróleo.

As simulações avaliarão, na prática, a capacidade de resposta em situações de derramamento de óleo, incluindo a eficiência dos equipamentos, a rapidez na atuação, o atendimento aos prazos estabelecidos para a fauna e a comunicação com autoridades e interessados.

O bloco FZA-M-59 encontra-se em águas profundas no Amapá. As bases de Oiapoque (AP) e de Belém (PA) foram inspecionadas em julho. Os relatórios estão em processo de elaboração pela equipe técnica do órgão.

A exploração da Margem Equatorial é criticada por ambientalistas, devido às preocupações com os possíveis impactos ambientais. Existe a percepção de que se trata de uma contradição à transição energética, que busca reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a utilização de fontes de energia renovável, que emitem menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras mantém que a produção de petróleo na Margem Equatorial é uma decisão estratégica para evitar que o país precise importar petróleo na próxima década.

A empresa pública tem assegurado que manterá padrões de segurança para prevenir acidentes ambientais e destaca que, embora o nome seja Foz do Amazonas, a área está localizada a 540 quilômetros da foz do rio em questão.

Na última semana, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) manifestou a necessidade de mais estudos antes da autorização das perfurações na região.

Informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil.

Fonte por: Seu Dinheiro

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