Pontifícia Universidade Católica do Chile ultrapassa USP no ranking QS com foco global

Pontifícia Universidade Católica do Chile ultrapassa a USP no ranking QS com foco em internacionalização e parcerias acadêmicas globais.

04/10/2025 14:05

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Pontifícia Universidade Católica do Chile ultrapassa USP no ranking QS com foco global
(Imagem de reprodução da internet).

Universidade de São Paulo Perde Liderança no Ranking Quacquarelli Symonds da América Latina

A Universidade de São Paulo (USP) perdeu sua hegemonia no topo do ranking Quacquarelli Symonds (QS) da América Latina. Após dois anos consecutivos de domínio, a liderança foi conquistada pela Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC).

Este resultado não é inédito, pois a UC já havia ocupado a primeira posição em edições anteriores do ranking. No entanto, desta vez, a instituição chilena conseguiu consolidar sua vantagem, impulsionada por critérios de avaliação considerados cada vez mais relevantes na disputa global.

Uma das principais diferenças entre as duas instituições é o modelo de ensino. Enquanto a USP é uma universidade pública e gratuita, a PUC chilena é privada, com mensalidades que ultrapassam os R$ 50 mil por ano. Os valores de cursos como Direito (R$ 43 mil), Arquitetura (R$ 47 mil) e Engenharia (R$ 56 mil) refletem essa distinção. O curso de Medicina, com R$ 56 mil por ano, representa o investimento mais elevado.

Outro fator relevante é o número de estudantes. A UC conta com aproximadamente 30 mil alunos, enquanto a USP possui 88 mil. A USP completará 91 anos em 2025, enquanto a UC soma 137 anos de história.

O ranking QS avalia diversos aspectos, incluindo reputação acadêmica, produção científica, empregabilidade dos alunos, impacto das pesquisas e internacionalização. A UC se destacou especialmente neste último quesito, impulsionada por sua forte presença internacional, programas de intercâmbio e uma política agressiva de parcerias acadêmicas.

A USP, por sua vez, caiu para a segunda posição. A universidade brasileira continua sendo a principal instituição do país, mas reconhece que alguns dados utilizados no ranking se referem a 2023 e não refletem os avanços mais recentes em contratação de docentes e internacionalização.

Além da USP, outras universidades brasileiras se destacam no ranking. A Unicamp (3º), a UFRJ (5º) e a Unesp (6º) também aparecem no top 10 da América Latina. A Unicamp e a UFRJ mantiveram a mesma posição do ano anterior, enquanto a Unesp avançou duas posições.

Em uma análise mais ampla, o Brasil também domina o ranking. Das 100 melhores universidades da América Latina, 26 estão localizadas no Brasil, seguidas por 16 do Chile e 14 do México. No entanto, o número de instituições que caíram de posição é maior do que o de aquelas que subiram.

Segundo Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS, o desempenho excepcional do Brasil está relacionado à produtividade e ao impacto das pesquisas acadêmicas, além dos avanços em políticas de inclusão e acesso, que contribuíram para reduzir desigualdades no ensino superior. Sowter ressalta que o sistema de ensino superior brasileiro enfrentou desafios persistentes em taxas de conclusão e qualidade.

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