Prêmio Nobel da Paz: veja os vencedores da última década e o simbolismo atual

O Nobel da Paz surge como símbolo de esperança em ano marcado por conflitos, tensões comerciais e disputas entre grandes potências.

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(Imagem de reprodução da internet).

Prêmio Nobel da Paz – Uma Celebração de Coragem e Impacto

O Prêmio Nobel da Paz, uma das maiores honrarias mundiais, é concedido anualmente a indivíduos e organizações que tenham contribuído significativamente para a promoção da paz. A lista de vencedores ao longo dos anos é um testemunho da coragem, da dedicação e do impacto que podem ser alcançados através do trabalho incansável em prol da paz e da justiça. A seguir, apresentamos um resumo dos vencedores desde 2025 até 2024, destacando suas realizações e o legado que deixaram.

2025 – O Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia

Em 2025, o Prêmio Nobel da Paz foi entregue ao Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia. Este grupo de quatro organizações da sociedade civil desempenhou um papel crucial na retomada da democracia na Tunísia, após a Revolução de Jasmim de 2010-2011, também conhecida como Revolução Tunisiana. O quarteto atuou como mediadores e proponentes da volta à democracia, auxiliando no restabelecimento da estabilidade política e social no país.

2016 – Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia

Em 2016, o prêmio foi concedido a Juan Manuel Santos, então presidente da Colômbia. O reconhecimento foi resultado de seus esforços para finalizar o longo e sangrento conflito com as Farc, que assolou o país por mais de 50 anos. Santos ratificou um acordo de paz que colocou fim ao confronto, simbolicamente assinado em branco para representar a paz.

2017 – Campanha Internacional Pela Abolição de Armas Nucleares

Em 2017, o prêmio foi entregue à Campanha Internacional Pela Abolição de Armas Nucleares. Esta organização, originalmente criada em Melbourne, Austrália, e com sede em Genebra, Suíça, trabalha para promover a abolição de armas nucleares. A organização teve um papel fundamental na criação do Tratado de Proibição de Armas Nucleares, e continua a trabalhar para sua promoção.

2018 – Denis Mukwege e Nadia Murad

Em 2018, o prêmio foi dividido entre o ginecologista e pastor Denis Mukwege, da República Democrática do Congo, e Nadia Murad, do Iraque. Mukwege foi reconhecido por seu trabalho no tratamento de vítimas de abuso sexual, realizando mais de 10 operações por dia. Murad foi homenageada por sua luta contra o genocídio perpetrado pelo Estado Islâmico, que visava aniquilar membros da etnia Yazidi.

2019 – Abiy Ahmed

Em 2019, o prêmio foi concedido a Abiy Ahmed, político da Etiópia. O reconhecimento foi resultado de seu papel fundamental na trazendo paz aos conflitos entre Etiópia e a Eritréia, que ocorriam desde 1998, com cerca de 100.000 mortes. Ahmed demonstrou altruísmo ao aceitar uma proposta de paz, mesmo que isso envolvesse ceder a cidade de Badme para a Eritreia.

2020 – Programa Mundial de Alimentos

Em 2020, o prêmio foi entregue ao Programa Mundial de Alimentos (WFP), agência de auxílio das Nações Unidas. O WFP, com sede em Roma, Itália, alimenta mais de 90 milhões de pessoas necessitadas em todo o mundo, sendo 58 milhões delas crianças. Além de combater a fome, o programa também atua na produção de alimentos, na preparação e no choque de desastres climáticos.

2021 – Maria Ressa e Dmitry Muratov

Em 2021, o prêmio foi concedido a Maria Ressa, jornalista das Filipinas, e Dmitry Muratov, jornalista da Rússia. Ressa ganhou destaque por fundar o veículo jornalístico Rappler, que se tornou um bastião contra as fake news e fez uma cobertura crítica do governo de Rodrigo Duterte. Muratov lutou contra a censura em seu veículo Novaya Gazeta, que investigava violações de direitos humanos, corrupção e abuso de poder.

2022 – Ales Bialiatski, Memorial, Centro de Liberdades Civis

Em 2022, o prêmio foi entregue a Ales Bialiatski, um ativista pró-democracia e direitos humanos da Bielorrússia; à organização Memorial, que se dedica a relembrar e investigar violações de direitos humanos durante o regime de Stálin; e ao Centro de Liberdades Civis, uma organização ucraniana que luta pela democracia em seu país.

2023 – Narges Mohammadi

Em 2023, o prêmio foi concedido a Narges Mohammadi, ativista de direitos humanos iraniana, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos. Mohammadi é conhecida por sua luta contra o uso obrigatório do hijab e por sua defesa dos direitos humanos e da liberdade.

2024 – Nihon Hidankyo

Em 2024, o prêmio foi entregue a Nihon Hidankyo, uma organização japonesa que representa os sobreviventes dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki. A organização luta por melhores condições e suporte para os sobreviventes, e é uma forte defensora da abolição de armas nucleares.

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