Prio (PRIO3) informa sobre a suspensão das operações na plataforma de Peregrino, determinada pela ANP; compreenda as consequências para a companhia
A Prio comunicou que os serviços de adequação solicitados demandarão entre três e seis semanas para serem finalizados.
A aquisição do campo de Peregrino pela Prio (PRIO3), em maio, animou o mercado devido às expectativas de que os dividendos poderiam ser turbinados. Contudo, nesta segunda-feira (18), a petroleira enfrenta um problema nas operações que pode durar quase um mês — e até mais, no pior cenário.
A ANP emitiu um segundo comunicado, determinando a interdição da plataforma flutuante (FPSO) Peregrino.
O órgão regulador exige aprimoramento na documentação de gestão e análise de risco, além de determinar a necessidade de adequações no sistema de enchentes.
A Prio comunicou que os serviços de adequação solicitados demandarão de três a seis semanas para serem totalmente finalizados.
Apesar da aquisição do campo Peregrino pela petroleira, a atual operadora continua sendo a Equinor. Segundo o documento divulgado, a multinacional norueguesa “iniciou imediatamente os ajustes necessários, com o objetivo do cumprimento dos requerimentos com a maior celeridade e precisão possíveis”.
Os efeitos para a Prioridade.
Com a aquisição de 60% das operações do campo Peregrino, detidas pela Equinor, a Prio alcançou a propriedade total de 100% do ativo, considerando que já possuía participação de 40% anteriormente.
A XP Investimentos destacou que o acordo representa um agregador de valor para a petroleira.
Com o anúncio da interdição, os analistas da casa são claros: a paralisação não era esperada e os impactos são negativos.
De acordo com o relatório divulgado, ainda é necessário um maior detalhamento da decisão da ANP. Contudo, a XP Investimentos apontou projeções de perda econômica potencial em razão da paralisação.
Os analistas apontam que, embora o campo de Peregrino possua quatro plataformas, todo o volume de produção é direcionado por meio do FPSO, que encontra-se inoperante.
Ademais, a duração da interrupção também é um indicativo para a empresa de análise. Se houver uma suspensão total da produção, a XP Investimentos estima um impacto econômico para a Prio de aproximadamente US$ 30 milhões, ou 0,5% do valor de mercado, para cada semana de paralisação da produção.
Fonte por: Seu Dinheiro