Renan Calheiros e LDO de 2026: Pressão e Atraso nas Votações no Congresso

Congresso analisa Orçamento e adiada LDO de 2026. Presidente busca aprovar isenção de IR, enquanto Renan Calheiros pede relatório sobre impactos orçamentários

03/11/2025 8:15

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(Imagem de reprodução da internet).

Análise Orçamentária e Votações em Curso no Congresso

Esta semana, o Congresso Nacional retomará a análise de propostas econômicas de interesse do governo, com foco no novo Orçamento. No Senado, o debate central gira em torno do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes com renda mensal até R$ 5 mil – uma iniciativa que o presidente busca aprovar e utilizar como um importante ponto eleitoral em 2026.

Na Câmara dos Deputados, a expectativa é pela votação do projeto que regulamenta a licença-paternidade no país. O relator do texto sobre o IR, senador Renan Calheiros (MDB-AL), realizou uma reunião na semana passada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e solicitou um relatório detalhado sobre os impactos orçamentários da medida após sua tramitação na Câmara.

Com o relatório em mãos, espera-se que o projeto seja levado ao plenário na terça-feira (4) e não necessite retornar à Câmara. Projeções preliminares indicam um impacto fiscal de aproximadamente R$ 30 bilhões por ano, um valor que seria compensado por meio de maior tributação em faixas de alta renda.

No entanto, Renan Calheiros afirmou que o custo final pode ser superior, devido a alterações feitas na Câmara sob a relatoria do deputado Arthur Lira (PP-AL), um adversário político de Calheiros em Alagoas. O texto aprovado pelos deputados também reduz a carga tributária para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais.

Atraso na Aprovação da LDO de 2026

O Congresso Nacional adiou novamente a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que define as metas e prioridades do orçamento do próximo ano. O governo busca recompor o equilíbrio fiscal após não conseguir elevar a taxação sobre apostas e aplicações financeiras.

De acordo com informações da Rádio Senado, a equipe econômica identificou que a decisão retirou aproximadamente R$ 35 bilhões do caixa previsto para 2026, inviabilizando o cumprimento da meta fiscal. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), declarou que o Executivo está buscando alternativas para recompor as contas públicas e evitar impactos sobre programas sociais.

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