Um novo relatório da Moody’s aponta que mais da metade das empresas avaliadas estão moderadamente ou altamente expostas ao risco climático, devido ao aumento de eventos extremos como enchentes, secas, incêndios e furacões. Essa situação crescente exige uma análise cuidadosa e a necessidade de seguros mais robustos.
Impacto Econômico Regional
Segundo a Network for Greening the Financial System, esses eventos extremos podem reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul em cerca de 7% no ano seguinte a um choque climático, sendo o risco apenas superado pelo da África. A magnitude do impacto exige medidas preventivas e de adaptação.
Cobertura de Seguros Limitada
Apesar da necessidade, a cobertura de seguros para perdas causadas por desastres naturais na América Latina é limitada. Dados da Swiss Re indicam que, entre 2015 e 2024, as catástrofes naturais geraram perdas econômicas de US$ 100 bilhões, mas apenas US$ 19 bilhões foram segurados, representando uma lacuna de 81%.
Exemplos Regionais de Impacto
Empresas como a Rumo, CPFL Energia, Corsan, Aegea Saneamento e Participações, e bancos como o Banrisul, BRDE e Sicredi no Rio Grande do Sul, foram afetadas por eventos recentes. A Colômbia enfrenta riscos de inundações e secas, devido à dependência de energia hidrelétrica.
O México sofreu com os danos causados pelo furacão Otis, enquanto o Chile enfrentou incêndios florestais.
Esforços de Adaptação
O Chile concentra seus esforços de adaptação em transporte limpo, eficiência energética, energia renovável, uso da terra e gestão dos recursos hídricos resilientes ao clima. A necessidade de investimento em medidas de mitigação e adaptação climática é um tema central para a região e para o mundo.
