Rubens Ometto enfrenta desafios: prejuízo da Cosan (CSAN3) aumenta em mais de 300% no segundo trimestre de 2025 e endividamento cresce

A Cosan (CSAN3) obteve um prejuízo líquido de R$ 946 milhões no período abril a junho.

2 min de leitura

Rubens Ometto enfrenta uma nova preocupação. Após um desempenho acima das projeções na Raízen, a Cosan (CSAN3) divulga um resultado aquém das expectativas no segundo trimestre de 2025, com perdas significativas e aumento do endividamento.

A holding obteve um prejuízo líquido de R$ 946 milhões no período de abril a junho. Trata-se de uma deterioração de 316% em comparação com as perdas de R$ 227 milhões registradas no mesmo período de 2024, mas um progresso de quase 50% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

As perdas foram influenciadas sobretudo pela menor equivalência patrimonial, notadamente pelo reconhecimento de créditos tributários na Raízen (RAIZ4) e pela alienação da participação na Vale (VALE3).

Já em relação ao primeiro trimestre, o conglomerado de Rubens Ometto atribui a variação à “melhora do resultado dos negócios, em razão do reconhecimento das indenizações do sinistro da Moove e maior volume escoado da Rumo, além da variação positiva em imposto de renda e contribuição social”.

Acompanhe o aumento da dívida da Cosan (CSAN3).

A Cosan apresentou, ainda, um perfil de endividamento notável.

A relação entre dívida líquida e EBITDA dos últimos 12 meses atingiu 3,4 vezes, representando um aumento de 0,6 vezes em comparação com o 1T25 e de 0,7 vezes em relação ao 2T24.

A Cosan atribui o aumento do endividamento à diminuição do EBITDA, que registrou queda de 31% na base anual, e ao incremento da dívida líquida.

No segundo trimestre, a dívida líquida do corporativo foi de R$ 17,5 bilhões, em consonância com os últimos três meses, porém com um avanço de 18% na comparação anual.

A dívida líquida utilizada para o cálculo da alavancagem, que compreende 50% dos valores referentes à Raízen e exclui os passivos de arrendamentos, atingiu R$ 68,5 bilhões, um crescimento de 22% em comparação com o segundo trimestre de 2024.

A holding também apresentou esgotamento de caixa no segundo trimestre, com gastos de R$ 237 milhões entre abril e junho, em comparação com uma geração de R$ 1,4 bilhão no ano anterior.

Fonte por: Seu Dinheiro

Sair da versão mobile