Ruy Hungria Analisa Novo Imposto em Dividendos e Escolhe Urso e Touro

Novo imposto em dividendos impacta investidores! Ruy Hungria analisa: alíquota de 10% gera pressão e debate. Acompanhe a análise do podcast Touros e Ursos e a escolha do Urso (Strategy) e do Touro (Estapar)

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(Imagem de reprodução da internet).

Novo Imposto sobre Dividendos: O Que Esperar para Investidores

Uma nova regra tributária está impactando o mercado de ações, especialmente para quem investe com foco em renda. O governo sancionou a tributação de dividendos para pessoas físicas que recebem mais de R$ 50 mil de uma mesma empresa no mesmo mês, com uma alíquota de 10%.

Essa medida entra em vigor em 1º de janeiro de 2026, gerando duas reações imediatas: uma pressão para que as empresas acelerem a aprovação de tributos isentos e outra expectativa de ganhos para os investidores no curto prazo.

O podcast Touros e Ursos da semana teve como convidado Ruy Hungria, colunista do Seu Dinheiro e analista da Empiricus especializado em dividendos. Hungria explica que, apesar da nova “mordida” do Leão, as empresas não devem abandonar totalmente os dividendos, embora precisem ajustar suas estratégias.

Ele acredita que outras formas de remunerar os acionistas podem ganhar força, como a recompra de ações, que apresenta uma eficiência tributária superior.

Riscos e Estratégias na Nova Realidade

Hungria destaca que a busca pela antecipação dos dividendos pode dividir o mercado em dois grupos. Uma preocupação é com empresas que consideram tomar empréstimos para realizar esses pagamentos ainda isentos de imposto de renda. Embora o acionista possa inicialmente se beneficiar, essa dívida pode se acumular e gerar prejuízos no longo prazo.

Ele descreve essa estratégia como “ginástica de balanço”, relembrando casos de empresas que se endividaram excessivamente para manter proventos elevados.

O principal perigo reside na imprevisibilidade da economia, especialmente em relação às taxas de juros. Se uma empresa se alavanca contando com a queda da Selic e o cenário para os juros se inverte, o resultado pode ser desastroso. A análise de Hungria ressalta a importância de considerar o ambiente macroeconômico ao investir em ações com foco em dividendos.

Expectativas e Novas Tendências

Hungria avalia que a alíquota de 10% de imposto de renda não é tão significativa a ponto de inviabilizar a estratégia de ações para renda. Ele acredita que as empresas boas pagadoras de dividendos continuarão sendo bons investimentos. A expectativa para 2026 é de continuidade de pagamentos, com a possibilidade de novas formas de remunerar o acionista ganharem força.

Em 2025, o mercado enfrentou dificuldades devido à alta taxa de juros de 15% ao ano. No entanto, espera-se que, em 2026, com a expectativa de corte nos juros, as empresas e as ações apresentem resultados melhores. A recompra de ações, amplamente utilizada nos Estados Unidos, pode se tornar uma alternativa mais eficiente.

Análise do Podcast: Touros e Ursos

No quadro Touros e Ursos, Hungria escolheu a empresa norte-americana Strategy como Urso, devido à sua alocação significativa em bitcoin, que sofreu uma queda de mais de 40% desde janeiro. Ele alerta que a alavancagem em criptomoedas pode funcionar tanto para cima quanto para baixo, exigindo cautela por parte dos investidores.

Já entre os destaques positivos (Touros), a Estapar (ALPK3), do setor de estacionamentos, foi escolhida. A empresa enfrentou dificuldades durante a pandemia e realizou uma reestruturação contábil para abater prejuízos acumulados, o que pode levar a um retorno de lucros e dividendos em um prazo menor do que o previsto inicialmente.

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