Sabesp e Eletrobras unem forças em negócio de R$ 1,1 bilhão

Eletrobras avança na simplificação com operação que reforça sinergia entre negócios de água e energia, conforme declara ex-estatal paulista.

05/10/2025 10:55

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Sabesp e Eletrobras unem forças em negócio de R$ 1,1 bilhão
(Imagem de reprodução da internet).

Sabesp Adquire Maioria do Capital da Emae em Negócio de R$ 1,1 Bilhão

A Sabesp (SBSP3) anunciou na manhã deste domingo (5) a aquisição de 70,1% do capital da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), em um negócio que totaliza cerca de R$ 1,1 bilhão.

O acordo foi formalizado com a Eletrobras (ELET3), que cedeu sua totalidade de 66,8% na empresa, através de 14.856.900 ações preferenciais, por R$ 32,07 por ação, representando um valor de R$ 476,5 milhões. O restante da transação envolveu a Phoenix Água e Energia, que vendeu sua participação de 74,9% das ações ordinárias da Emae, ao preço de R$ 59,33 por ação.

As transações ainda estão sujeitas à aprovação de órgãos reguladores e de concorrência. A Sabesp convocou uma teleconferência com investidores para detalhar a operação, agendada para a próxima segunda-feira (6), às 10h (horário de Brasília).

A Emae, primeira estatal privatizada pelo governador Tarcísio de Freitas e remanescente da Eletropaulo, surgiu em conjunto com a antiga Light, visando a retificação do Rio Pinheiros e o aproveitamento das águas da bacia do Alto Tietê para a geração de energia, iniciativas que impulsionaram o desenvolvimento de São Paulo.

Durante o processo de privatização, a empresa recebeu propostas de diversos interessados, incluindo a francesa EDF e a Matrix. O Fundo Phoenix, liderado por Nelson Tanure, foi o vencedor, adquirindo o ativo por R$ 1 bilhão.

A atuação da Emae abrange a operação de represas cruciais para o abastecimento de água em São Paulo, como Billings e Guarapiranga, além da geração de energia elétrica. Um dos principais ativos é a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão, com capacidade de quase 900 MW, além de pequenas centrais hidrelétricas e termelétricas que garantem a estabilidade financeira por meio de contratos de longo prazo indexados à inflação.

Para a Sabesp, a aquisição representa um marco estratégico, com foco na integração dos sistemas Guarapiranga e Billings, visando maior segurança hídrica na região metropolitana de São Paulo. Além disso, o portfólio de ativos elétricos da Emae, sustentado por contratos de longo prazo indexados à inflação, assegura a estabilidade financeira e a geração de valor.

A Eletrobras ressalta que a operação reforça o compromisso da empresa com a simplificação de sua estrutura e a eficiência na alocação de capital, conforme previsto em seu Plano Estratégico.

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