Sabino critica Caiado: “Respondo quando ele tiver 1,5%”

Ministro rebate governador de Goiás que o chamou de “imoral” por permanecer no governo Lula. Saiba mais no Poder360.

08/10/2025 13:41

2 min de leitura

Ministro do Turismo Reage às Críticas de Caiado

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), respondeu nesta 4ª feira (8.out.2025) às críticas do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que classificou sua permanência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “imoralidade ímpar”.

“Quando ele tiver 1,5% na pesquisa eu respondo ele”, disse Sabino em tom irônico, após a reunião da Executiva Nacional do União Brasil.

Executiva Decide Afastamento de Sabino

Mais cedo, Caiado afirmou que não é possível “ser soldado de Lula e do União Brasil ao mesmo tempo” e defendeu a expulsão do ministro. A Executiva decidiu pelo afastamento de Sabino das funções partidárias, intervenção no diretório do Pará e abertura de processo de expulsão, que será analisado pelo Conselho de Ética em até 60 dias.

Perspectivas Futuras de Sabino

As medidas tomadas hoje contra Sabino têm efeito limitado para a vida política do ministro: ele continuará no cargo e, mais adiante, pode até ficar no União Brasil ou buscar outra legenda para se candidatar a algum cargo em 2026.

Reafirmação de Apoio a Lula

Apesar da decisão, Sabino reafirmou que continuará no cargo a pedido de Lula. Disse que considera “açodadas” as medidas do partido e que seguirá defendendo o governo.

Rebatidas de Caiado

Ao deixar o Diretório do União Brasil, Caiado rebateu a fala de Sabino. “Ele se propõe a fazer esse jogo rasteiro, atirando nas costas do próprio colega”, disse. “Você vê que até a frase [sobre intenções de voto na pesquisa] é de Lula”, acrescentou.

Caiado disse ainda que a declaração mostra “desespero” e reforça o argumento de que Sabino estaria tentando desmoralizar o partido ao insistir em permanecer no governo Lula mesmo após a decisão de desembarque da legenda.

Segundo Caiado, a fala de Sabino evidencia a falta de sintonia do ministro com os princípios do União Brasil. “Não se trata de pesquisa eleitoral, se trata de dignidade. Um filiado não pode servir a 2 senhores: ou está com Lula, ou está com o União Brasil. Essa dubiedade corrói a credibilidade de qualquer partido”, disse o governador ao deixar a reunião da Executiva.

Contexto da Federação UP

Em setembro, o União Brasil e o Progressistas anunciaram a saída da base do governo Lula. Com isso, pediram que todos os filiados deixassem os cargos, com risco de punições caso contrário.

A Federação UP (União Progressista), formalizada em 19 de agosto, tem a maior bancada do legislativo e deve intensificar os trabalhos com a base da oposição do governo de Lula. Ao todo, são 109 deputados e 14 senadores.

Com o desembarque, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) também deveria deixar o cargo, mas resistiu e ficou no governo. Nesta 4ª feira (8.out), ele também foi só afastado das decisões partidárias e do cargo de vice-presidente nacional da legenda por descumprir as ordens partidárias.

Autor(a):