A partir de janeiro de 2026, o salário mínimo nacional será de R$ 1.621. O reajuste nominal é de 6,79%, o que representa um aumento de R$ 103 no valor recebido por quem recebe o piso salarial. No entanto, o valor ainda se mostra aquém do necessário para garantir uma vida digna.
Análise do Dieese
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas em novembro de 2025 deveria ter sido de R$ 7.067,18. Essa estimativa considera os gastos básicos previstos na Constituição, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, vestuário, higiene e lazer.
Comparativo e Realidade
Dados históricos, desde 1994, demonstram que o valor calculado pelo Dieese frequentemente excede em mais que o dobro o valor oficial estabelecido. A situação atual reflete a dificuldade de cobrir as despesas básicas com o novo piso salarial.
Cálculo do Reajuste e Limitações
O aumento segue a Lei 14.663/2023, mas o novo arcabouço fiscal impõe um teto de 2,5% para o crescimento real das despesas da União. Apesar disso, o reajuste nominal foi de 6,79%, formalizado em decreto.
Impacto Econômico
O Dieese estima que o novo salário mínimo injetará R$ 81,7 bilhões na economia ao longo de 2026, impulsionando a renda, o consumo e a arrecadação. Esse valor abrange trabalhadores formais e informais.
Valor Diário e Horário
Para quem recebe o salário mínimo, o valor corresponde a R$ 54,04 por dia ou R$ 6,37 por hora.
