Samarco encerra a recuperação judicial, ainda com as consequências do desastre de Mariana em evidência. Acompanhe os planos da diretora da Vale a partir de agora

A Samarco solicitou recuperação judicial em 2021 devido às questões financeiras geradas pelo desmoronamento da barragem de Fundão.

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(Imagem de reprodução da internet).

Após acumular uma dívida de R$ 50 bilhões e registrar uma das maiores tragédias ambientais do Brasil, a Samarco – que tem como sócias a Vale (VALE3) e a BHP Billiton – anunciou a saída da recuperação judicial, um processo que demandou quatro anos para ser finalizado.

Na segunda-feira (11), foi deferido o pedido de encerramento do processo de recuperação judicial na 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte.

A Samarco entrou em recuperação judicial em 2021 em razão das dificuldades financeiras geradas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015.

O incidente não somente causou impactos ambientais e sociais, como também afetou a sustentabilidade econômica da empresa.

A retomada judicial da Samarco

A Samarco apresentou o plano de recuperação em julho de 2023, que foi homologado no mês seguinte. O documento estabeleceu obrigações financeiras com vencimento até dois anos após a concessão da recuperação e previa fiscalização judicial no período.

Em novembro de 2024, a Samarco pediu o encerramento prematuro da recuperação judicial, sustentando que havia satisfeito integralmente as obrigações estabelecidas no plano.

A Procuradoria-Geral de Justiça e o Ministério Público de Minas Gerais expressaram concordância, homologando o encerramento do processo, extinguindo o dever de prestação de contas e dissolvendo o Comitê de Credores.

A Samarco comunicou, nesta segunda-feira (11), a conclusão da recuperação judicial, indicando a reestruturação de passivos que somam mais de R$ 50 bilhões, envolvendo aproximadamente 10 mil credores.

A Samarco tem implementado com sucesso e dentro dos prazos os termos e condições estabelecidos no plano de recuperação judicial, aprovado pela Assembleia Geral de Credores, e ressalta que a maior parte das ações foram concluídas no início de 2024.

Mesmo após o encerramento, a empresa mantém o compromisso de cumprir os prazos e condições estabelecidos no plano de recuperação judicial, cujos vencimentos ocorrerão nos próximos anos.

Os planos da Samarco a partir de agora.

Apesar da ocorrida em Mariana ter gerado impactos na trajetória da empresa e do Brasil, a Samarco visa retomar gradualmente suas atividades com o objetivo de alcançar 100% da capacidade produtiva até 2028.

Em três anos, com o cumprimento do cronograma, a empresa terá atingido uma produção em escala de aproximadamente 26 ou 27 milhões de toneladas de pelotas e farelos de minério de ferro.

A Samarco informa que a capacidade produtiva instalada é de 60%, com aproximadamente 16,3 mil empregados diretos e terceirizados.

A conclusão bem-sucedida da recuperação judicial representa um marco importante na trajetória de reestruturação da empresa, permitindo o reequilíbrio econômico-financeiro e a consolidação de bases sustentáveis para seu crescimento e cumprimento das obrigações previstas no Novo Acordo do Rio Doce.

Fonte por: Seu Dinheiro

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