SPX Reduz Exposição na Hapvida Após Queda de Ações e Resultados Negativos

SPX Reduz Exposição à Hapvida Após Queda das Ações

A gestora SPX, liderada por Rogério Xavier, ajustou sua carteira de investimentos na Hapvida após a recente desvalorização das ações da companhia. A mudança estratégica resultou na redução da participação da SPX, que agora detém aproximadamente 18,7 milhões de ações ordinárias, representando 3,73% do capital social da Hapvida.

Em comunicado divulgado na terça-feira (18), a SPX informou que suas carteiras mantêm cerca de 5 milhões de ações alugadas e um volume de opções de compra relacionado a aproximadamente 53 mil ações da Hapvida. A gestora também possui 2,3 milhões de derivativos com liquidação financeira exclusiva, todos vinculados às ações da empresa.

A SPX ressaltou que não possui acordos de voto ou combinações para compra e venda envolvendo as ações da Hapvida. As movimentações na carteira da gestora seguem as estratégias internas dos fundos administrados pela empresa.

Desempenho da Hapvida em 2025

A decisão da SPX ocorre em um cenário de queda nas ações da Hapvida. As ações HAPV3 acumulam uma desvalorização de cerca de 50% em 2025, com um desabastecimento significativo na última semana, após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre.

Entre julho e setembro, a Hapvida registrou um lucro líquido ajustado de R$ 338 milhões, um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período de 2024. Sem o ajuste, a empresa apresentou um prejuízo de R$ 57 milhões, um resultado inferior às expectativas.

A operadora também consumiu R$ 51,9 milhões de caixa livre no trimestre, devido à deterioração do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que ficou quase 30% abaixo das estimativas dos bancos. A taxa de sinistralidade também aumentou 1,4 ponto percentual, atingindo 75,2%, refletindo o aumento no volume de atendimentos médicos.

Reações do Mercado

As análises dos resultados da Hapvida foram negativas, com JP Morgan e BB Investimentos rebaixando a recomendação de compra para neutra. O BTG Pactual também reduziu o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50 por ação para o fim de 2026.